A redução do nível do reservatório de Itaipu, observada nos últimos dias, ocorre por dois motivos: o primeiro é o atraso do início do período chuvoso, principalmente nas nascentes dos rios que formam o Rio Paraná. O segundo é que a usina de Itaipu, atendendo orientação do Operador Nacional do Sistema para que mantenha o volume de energia produzida em períodos normais, está flexibilizando a faixa de operação do reservatório.

Esta situação deve perdurar até o final de janeiro, que pode ser antecipada caso haja uma mudança no panorama hidrometeorológico. A flexibilização do uso do reservatório, que pode sofrer maior variação de seu nível, foi orientada pelo Operador Nacional do Sistema e aprovada pelos representantes do Brasil e do Paraguai no Conselho de Administração de Itaipu.

A utilização das reservas de água, para garantir que a usina continue fornecendo um montante de energia próximo da média dos períodos normais, finalidade precípua de qualquer reservatório, permitirá que Itaipu atenda às necessidades dos setores elétricos do Brasil e do Paraguai.

O volume de água que entra no reservatório, atualmente, não é suficiente para atender à demanda de energia do Brasil e Paraguai, razão pela é necessário utilizar a água armazenada no reservatório. Isso, inclusive, já aconteceu nos últimos anos, de dezembro a janeiro.

No período em que o reservatório está baixo, os técnicos ambientais de Itaipu aproveitam para fazer estudos sobre a qualidade da água e o controle do mexilhão dourado, por exemplo, e também se mantêm de plantão para monitorar e evitar eventuais efeitos provocados pela redução do nível das águas.