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ONU quer universalizar serviços de energia com fonte renovável
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19/09/2011

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, participam nesta terça-feira (20), em Nova York, do Fórum do Setor Privado 2011, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Pacto Global. O fórum é presidido pelo secretário-geral Ban Ki-Moon e deve reunir mais de 300 lideranças do setor elétrico mundial, entre representantes de governos e empresários.

O objetivo é formular estratégias visando a universalização dos serviços de eletricidade, aliada ao aumento da participação de fontes renováveis de energia na matriz energética mundial. Nesta segunda-feira (19), foram realizadas duas reunião preparatórias – com o grupo técnico e com o grupo de alto nível (presidentes de empresas, ministros e outras autoridades) – para começar o detalhamento das propostas.

O fórum ocorre paralelamente à 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que será aberta oficialmente nesta quarta-feira (21) pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Rio+20

A formulação das estratégias para universalizar os serviços de eletricidade também faz parte de uma série de encontros preparatórios para a Conferência Rio+20, que a ONU irá promover no Rio de Janeiro em junho de 2012. O objetivo da ONU é, até 2030, assegurar acesso universal a serviços de energia modernos; melhorar a eficiência da energia global em 40% e aumentar a participação de fontes renováveis na matriz mundial para 30% (a média dos países da OCDE é de apenas 6%).

Carvalho Neto colocou à disposição da ONU a experiência brasileira com energia limpa e com a universalização dos serviços de eletricidade. O Brasil se destaca nesse contexto pela forte participação de fontes renováveis, que é de quase 50% quando considerados os combustíveis e os serviços de eletricidade e de cerca de 80% quando considerada apenas a produção de energia elétrica.

Esse balanço continuará sendo favorável para o País, que tem a necessidade de acrescentar 7 mil MW ao ano ao seu parque gerador até 2020 para fazer frente ao crescimento populacional estimado para o período. “E isso mantendo a hidreletricidade como espinha dorsal do sistema e com a participação crescente de outras fontes renováveis, especialmente a eólica e a biomassa”, afirmou Carvalho Neto.

Luz para Todos

Com o programa Luz para Todos, criado pelo governo federal em 2003, o País ampliou a oferta dos serviços de eletricidade para 13,9 milhões de brasileiros (até junho de 2011). No último mês de julho, a presidenta Dilma Rousseff prorrogou a execução do programa para até 2014. Porém, a inciativa, antes voltada para a eletrificação de áreas rurais, agora vai focar populações que estão isoladas do setor elétrico brasileiro, como quilombolas, comunidades indígenas, assentamentos, entre outras.

 “É importante também destacar o papel da hidreletricidade como promotora do desenvolvimento sustentável”, acrescentou Jorge Samek, que apresentou na reunião preparatória o programa Cultivando Água Boa (CAB), um conjunto de diversos projetos socioambientais voltados às comunidades do entorno do reservatório da usina.

 Saúde da mulher

Também em Nova York para a 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff discursou nesta segunda-feira (19) na Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis e afirmou que a saúde da mulher é prioridade de seu governo. “Estamos facilitando o acesso aos exames preventivos, melhorando a qualidade das mamografias e ampliando o tratamento para as vítimas de câncer”, destacou.

Nesta terça-feira (20), Dilma tem marcado encontro com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, Nicolas Sarkozy, além de participar dos debates do grupo denominado Governo Abertoque engloba 60 países que se comprometem a discutir e executar políticas públicas transparentes. O ponto alto da viagem aos EUA será na quarta-feira, quando Dilma fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.