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Institucional
Itaipu respeita a diversidade
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22/04/2008

Um cego chega na padaria e pede um copo de leite bem gelado. O padeiro entrega o copo dizendo: “Aqui, senhor, seu leite branco”. O cego responde: “Senhor, eu sou cego. Como é a cor branca?”. O padeiro responde: “Tá vendo aqueles cisnes do lago aqui ao lado? Eles são brancos!”. O cego mais uma vez fala da sua deficiência. E o padeiro retruca. “Sabe essa parte da sua bengala que faz uma curva? Pois é, ela é branca”. E o cego responde: “Obrigado, senhor, agora eu sei como é a cor branca”.

 

É com histórias como essa - apresentada pelo palestrante José Simão - que 50 pessoas estão conhecendo algumas das dificuldades rotineiras de deficientes num curso de capacitação para a inclusão da pessoa com deficiência. O curso, que durou dois dias, foi realizado na semana passada, no Treinamento. Participaram da capacitação - desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação - empregados de Itaipu, da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea/PR).

 

Iniciativa

 

A idéia de trazer o curso para a Itaipu surgiu depois de um encontro realizado no mês de fevereiro, em Curitiba, quando a empresa designou um grupo de trabalho para desenvolver essa capacitação. A Itaipu tem hoje 18 empregados portadores de deficiência física e está trabalhando para alcançar a cota de 75 empregados nessas condições.

 

“Esperamos transformar os participantes do curso em facilitadores da inclusão”, explicou Viviane Brasil Crespo de Araújo (foto), gerente de RH do escritório regional de Curitiba e coordenadora do grupo de trabalho, formado por Carlos Augusto Vicente, Eunice da Cruz Albernaz, João Ramalho Matta Neto, Rejane Cunico e Silvino Schuroff.

 

Para Maud Lúcia Bruno Lopes Passarela, do RH, a oportunidade de ter o conhecimento sobre a acessibilidade chamou bastante sua atenção. “É uma forma de tratar as diferenças como um todo, e mostrar a disponibilidade de ajudar”. 

 

Palestras

 

O arquiteto Ricardo Tempel Mesquita falou sobre as barreiras arquitetônicas das grandes cidades. Segundo ele, a acessibilidade é a grande meta a ser atingida para atingir a igualdade. “As pessoas pensam que se adequar às normas para atender deficientes pode sair caro, mas as soluções são muito simples”. O arquiteto ainda citou os pontos necessários para obter sucesso no planejamento de inclusão: a boa vontade, o bom senso e a técnica. E usou a empresa como exemplo. “Itaipu já tem tudo correto. Resta apenas adequar alguns elementos dentro da usina”, destacou. 

 

Avaliação

 

Maria Cristina Antunes, técnica pedagógica da Eucação Pofissional do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, falou sobre os mitos e verdades a respeito das pessoas com deficiência. Ela explicou o que é ser uma pessoa com deficiência, e as necessidades do indivíduo.

 

A deficiência visual entrou em pauta com o supervisor José Simão, técnico da Coordenadoria de Intermediação de Mão-de-Obra da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social. “É incrível como precisamos dessas iniciativas, para mostrar que todos possuem preconceitos, mas que podem ser superados”.

 

Após o curso, será feito um mapeamento de todas as áreas da empresa para identificação de postos de trabalho para pessoas que tenham deficiência. “Vamos identificar as possíveis barreiras arquitetônicas”, disse Viviane Brasil.