Responsabilidade Social
Itaipu promove no PTI o curso “Fazendo História”
05/09/2008
A Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA) da Itaipu Binacional, promove nos próximos dias 8 e 9, no Auditório César Lattes no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), o curso “Fazendo História”. O curso começa às 9h.
O evento vai capacitar os profissionais que atuam nas instituições que compõem a Rede, no registro da história de cada criança atendida. Dessa forma, quando se tornarem adultos, esses jovens - que hoje vivem nos abrigos e casas lares -, poderão relembrar a infância e a adolescência folhando um álbum de fotografias. Ali estará registrada toda sua história.
Gladis Mirtha Baez, gestora do PPCA, explica que a Itaipu organiza e apóia essas oficinas “porque um dos principais eixos das ações de responsabilidade socioambiental da empresa é proteger e garantir que crianças e adolescentes da Tríplice Fronteira tenham seus direitos respeitados e cresçam de forma saudável.
Exemplo
A Fundação Nosso Lar, uma das integrantes da Rede, é uma das pioneiras nesse tipo de atuação. Segundo Ivânia Ferronato, diretora de projetos da entidade, esse “resgate” muda o comportamento e o jeito de cada uma delas enxergar o mundo e as pessoas que estão ao seu redor.
A própria Ivânia foi testemunha de um caso semelhante. Aos 8 anos de idade, quando chegou à Fundação Nosso Lar, Aline* tinha um comportamento agressivo e nutria um sentimento de raiva pela mãe. A situação só mudou quando Ivânia resolveu resgatar a história da menina. Meses depois, Aline percebeu que, ao contrário do que imaginava, sempre foi amada pela mãe. “A partir disso, o comportamento e a forma dela viver mudaram completamente. Hoje, a adolescente tem 16 anos e é feliz”, relatou.
Até aquele caso, a instituição montava álbuns e guardava objetos apenas dos bebês que chegavam à instituição. Depois de Aline, todas as crianças e adolescentes atendidos pela Fundação Nosso Lar, possuem um histórico.
Beatriz Regina Ribeiro da Silva, da Fundação de Saúde Itaiguapy, também integrante da Rede, diz que a história relatada por Ivânia só confirma que a família é o grande alicerce na formação de todo ser humano. Por isso, deve ser o ponto de origem e de referência ao se tratar dos direitos e garantias de proteção de crianças e adolescentes, bem como das violações sofridas durante seu desenvolvimento até a vida adulta.
A capacitação vai fortalecer e desenvolver trabalhos de convivência entre as crianças e as pessoas assistidas como se fossem da própria família.
Rede
A Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente é formada por mais de 30 instituições. Entre elas, organizações não-governamentais (Ongs) e governamentais (Ogs) do Brasil, Paraguai e Argentina que buscam proteger e garantir um futuro digno para jovens vítimas de violência, exploração da mão-de-obra infantil, sobretudo a exploração sexual - considerada a forma mais perversa de trabalho -, bem como menores infratores.
(*) Nome fictício usado para preservar a identidade da fonte |