Depois de ser citada como exemplo, no Congresso Mundial de Energias Renováveis, no México, e de ser destaque em Madri, na Espanha, é a vez de Florença, na Itália, se render à Itaipu. O diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, participou na manhã desta sexta-feira do IbraMeetingTown, o Fórum Ítalo-Brasileiro da Cidade do Futuro, comprovando o bom momento pelo qual passa o Brasil lá fora.

Jorge Samek, diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional

“O Brasil está na moda, todos os países estão interessados em saber o modelo de expansão do setor elétrico brasileiro”, diz Samek. Em suas conversas com empresários e políticos locais, o diretor falou sobre o crescimento do sistema brasileiro, que deve construir 50 mil MW de potência (mais que três Itaipus) nos próximos 10 anos.

Em Florença, Samek apresentou a experiência de Itaipu, e do Brasil, em relação às energias renováveis. No mesmo evento, cujo tema é “cidades sustentáveis”, houve a apresentação das prefeituras de Curitiba, São Carlos e Belém, além de outras experiências brasileiras. Em sua apresentação, Samek falou sofre o esforço brasileiro de manter uma matriz energética limpa, com o modelo do pró-alcool, às plataformas renováveis, energia e eólica e solar, além das hidrelétricas.
  
“Temos talvez a matriz energética mais limpa do mundo”, diz. E continua: "Queremos mostrar que o planeta não aguenta um nível de consumo como o europeu ou norte-americano; é preciso pensar em um processo de sustentabilidade”. Na mesma linha, o diretor de Coordenação e Meio Ambiente, Nelton Friedrich, apresenta, no sábado, as experiências de Itaipu na área ambiental, por meio do Programa Cultivando Água Boa.
  
Agenda cheia    

A agenda de Samek na Europa começou na segunda-feira, em Madri, na Espanha, onde ele discursou para empresários na Casa de América e participou de uma coletiva de imprensa, acompanhado pelo embaixador brasileiro, Paulo Campos. Os espanhóis se interessaram no investimento brasileiro no setor agrícola, na questão das energias renováveis, na expansão do setor elétrico e na posição do Brasil na Conferência do Clima, que acontece em novembro, em Copenhague.
    
Na Itália, Samek se reuniu com o prefeito da cidade de Calenzano, Alecio Biagioli, vizinha de Florença. Naquela cidade de 15 mil habitantes todas as casas construídas após 2005 precisam ter placas fotovoltaicas para gerar energia solar. “Podemos levar essas experiências para o Brasil, para os municípios da Bacia do Paraná 3”, diz Samek.
    
O diretor também se reuniu com o presidente da província de Florença, Andrea Barducci, e com o presidente da General Eletric na Itália, Piero Salvadori, empresa que mais fabrica turbinas elétricas na Europa. Além desses, estreitou contatos com outra empresa de energia, a Enel Green Power, além de representantes da Junta Comercial de Toscana, que vêm a Foz do Iguaçu conhecer Itaipu. “Todos estão muito interessados no Brasil e em nossas experiências”, conclui.