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Tecnologia
Futuro do software livre depende da legalidade
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22/10/2009

A sustentabilidade e o futuro do universo do software livre dependem estritamente da legalidade jurídica e profissional das instituições e das comunidades promotoras de novas tecnologias ligadas ao segmento.

 

A opinião é do especialista e um dos idealizadores da ONG BrOffice.org, Cláudio Ferreira Filho. Ele ministrou, na manhã desta quinta-feira (22), a palestra “Um caminho de sustentabilidade para o BR Office.org e o Software Livre”.

 

A conferência integrou o programa do primeiro dia de atividades da 6ª Conferência Latino-americana de Software Livre – Latinoware 2009, que acontece de hoje a sábado (24), no Parque Tecnológico Itaipu.

 

Para Ferreira Filho, as comunidades de software livre precisam obter governança e autonomia no mercado mundial. “Hoje ainda estamos muito atrelados a empresas estrangeiras. Por isso devemos criar alternativas e monitorar nossa tecnologia”, disse.

 

Isso deve ser obtido, segundo explicou o especialista, por meio de medidas como a fixação de know-how no país (neste caso, exemplificando, o Brasil), combate a evasão de divisas para serviços de consultoria, suporte e desenvolvimento, entre outras tarefas, independência de fornecedores estrangeiros, etc. Cláudio Filho citou como referência e modelo a ONG Br.Office.org, a qual dirige ao lado de outros idealizadores.

 

A entidade atende hoje diversas empresas públicas brasileiras como a Itaipu Binacional, Caixa Econômica Federal, Petrobras, Tribunal de Contas, entre outras companhias, fornecendo programas específicos de informática seguindo a demanda de cada cliente.

 

A ONG mantém atualmente cerca de 200 desenvolvedores de sistemas e produtores de código aberto, 150 voluntários, mais de 15 projetos internos, mas de seis mil pessoas credenciadas e um faturamento médio de mais de U$ 100 mil. Para quantificar o desempenho, 85 mil desktops estão migrando para o sistema operacional BR. Office

 

Segundo Cláudio, a receita para o sucesso de qualquer entidade, em um primeiro momento, sustenta-se em sua legalidade. Para atender a diversos clientes, a própria BR.Office, precisou tornar-se uma entidade jurídica, uma ONG, neste caso.

 

Outro fator importante refere-se a valorização profissional dos integrantes de cada comunidade, a divulgação dos projetos e principalmente o controle e domínio de tecnologia, culminando no trabalho cooperativo com universidades, sem esquecer o aspecto da inclusão digital.