O Brasil vai levar a experiência dos projetos socioambientais de Itaipu e de parceiros na área de tecnologia e agricultura para as conferências (COP) do Clima e da Biodiversidade, que acontecem no Marrocos e no México, em novembro e dezembro, respectivamente. A afirmação foi feita no encerramento do 4º Fórum Brasil – África, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), nesta sexta-feira (4). Na mesma ocasião, o governo federal anunciou a ampliação dos negócios com o continente africano, com o objetivo principal de equilibrar a balança comercial entre o Brasil e os países da África.

 

“Os projetos de Itaipu são exemplos do que o Brasil tem a mostrar para o mundo em relação à sustentabilidade”, disse o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Odilson Ribeiro, que representou o ministro Blairo Maggi na parte final de sua agenda em Itaipu. Ribeiro citou iniciativas importantes da binacional, como a recuperação de nascentes do Programa Cultivando Água Boa, o Programa de Plantio Direto e as atividades do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), entre outros.

 

Ribeiro também comentou sobre o interesse do Mapa em levar as práticas socioambientais realizadas na região para a próxima reunião dos ministros da agricultura do BRICs – grupo que reúne os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China – que acontece na índia. “Agradecemos a Itaipu por nos apresentar estes projetos sociais, pela importância que eles têm para o País. São projetos de amplitude internacional”, concluiu. 

 

 

Segundo o ministro Blairo Maggi, há grandes possibilidades de o Brasil aumentar a cooperação com os países africanos, principalmente, em relação ao comércio, a partir do evento realizado em Foz do Iguaçu. Pela manhã, ele esteve reunido com o ministro da Agricultura da Nigéria, Audu Innocent Ogbeh, durante sua visita à Itaipu. 

 

“A Nigéria tem potencial para ser tornar uma grande parceira comercial do Brasil, mas é preciso que exista uma reciprocidade”. Na prática, o que se espera é que o continente africano passe a comprar mais do mercado brasileiro, para que haja equilíbrio na balança comercial.

 

De acordo com o ministro nigeriano, o país dele já tem uma encomenda de 50 mil tratores para os próximos três anos, além da compra de silos e outros maquinários agrícolas. “A nossa agricultura ainda é muito rudimentar e temos que enfrentar o problema do crescimento da nossa população. O Brasil se mostrou interessado na cooperação sul-sul e a Nigéria quer aumentar os negócios com o mercado brasileiro”, disse.

 

 

No início da manhã, o ministro Blairo Maggi e sua comitiva foram recebidos no Centro de Recepção dos Visitantes (CRV) da Itaipu pelo diretor-geral brasileiro, Jorge Samek. Maggi assistiu ao vídeo institucional e recebeu de presente um artesanato do Projeto Ñandeva. Em seguida, ele plantou uma muda de jabuticaba no Bosque dos Visitantes.

 

A visita seguiu para o Parque da Piracema, onde a comitiva viu o canal por onde passam os peixes e a área onde acontecem as competições esportivas de canoagem slalom e rafting. A comitiva seguiu para a visita institucional na barragem de Itaipu e na casa de força.

 

No período da tarde, o ministro visitou o posto de abastecimento de carros movidos a biometano e assistiu a palestras sobre os projetos tecnológicos do PTI, o Programa Cultivando Água Boa, o CIBiogás e o programa de Plantio Direto. Ele encerraria o fórum Brasil-África, no Cineteatro dos Barrageiros, mas, por problema de agenda pessoal, foi representando pelo secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro.