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Meio Ambiente
Atuação de Itaipu será exemplo para novas usinas
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10/07/2008

As ações de preservação ambiental de Itaipu servirão de exemplo para os consórcios responsáveis pela construção das futuras hidrelétricas previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

 

No próximo dia 29, uma comitiva de executivos do setor elétrico, encabeçada pelos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e de Minas e Energia, Edison Lobão, visitará a usina. O encontro foi acertado pelo diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, em reunião na última terça-feira (8) no Ministério do Meio Ambiente, da qual participou também o presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes.

 

A idéia é que as hidrelétricas brasileiras que serão construídas futuramente adotem o mesmo modelo de gestão ambiental de Itaipu, em que parte do faturamento acaba revertida para programas de preservação.

 

As regras para o investimento em meio ambiente estarão definidas na Licença Prévia. A idéia foi bem recebida pelos dirigentes do setor elétrico. “O meio ambiente não é de responsabilidade só do ministério. Tem que ser compartilhado”, afirmou Samek.

 

Segundo o Diretor-Geral Brasileiro, uma proposta formal deve ser apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente em 15 dias. “Tudo será descrito para cada caso, delimitado e acertado e, assim, quando forem feitos os novos leilões, já deverão constar as obrigações do consórcio que vencer a disputa”, explicou Samek.

 

Para o ministro do Meio Ambiente, o setor elétrico tem papel definitivo na manutenção de uma matriz energética limpa. Hoje, 91% do consumo nacional de energia vêm de hidrelétricas. "O Brasil vai crescer e não temos nenhum interesse em investir em áreas que mudem este perfil. Por isso, o setor elétrico e o setor ambiental precisam se entender", disse Minc.

 

Como é em Itaipu

 

A atuação socioambiental de Itaipu teve início bem antes de ser iniciado o empreendimento, quando foram definidas as áreas que permaneceriam como de preservação permanente. Além de reservas e refúgios biológicos, começou a ser formada a faixa de proteção do reservatório, onde foram plantadas, até hoje, 20 milhões de mudas de árvores nativas.

 

Ao longo desses anos, foram recuperadas as áreas devastadas pela prática agrícola e mantidos diversos programas para garantir a qualidade da água do reservatório. A partir de 2003, quando a questão socioambiental passou a fazer parte da missão da empresa, a atuação passou a ser ainda mais intensa.

 

O Programa Cultivando Água Boa, o carro-chefe desse compromisso de Itaipu com o meio ambiente, desenvolve programas e ações não apenas nas áreas de abrangência do reservatório, mas nos 29 municípios da Bacia Hidrográfica do Paraná III. A bacia hidrográfica, segundo a área ambiental da empresa, é “a verdadeira unidade de planejamento da natureza”.

 

O trabalho não se restringe a ações corretivas ou preventivas, mas também inclui a educação ambiental de adultos e crianças, incentiva práticas ecologicamente corretas na agricultura, na pesca e nas atividades de lazer.