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Tecnologia
Alunos aprendem sobre segurança de barragem
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26/11/2009

A barragem principal de Itaipu demorou sete anos para ser construída. Não por lentidão, mas pelo tamanho da obra: em um único dia, o volume de concreto lançado chegou a 15 mil m³. O monitoramento da barragem, por sua vez, ocorre de forma minuciosa e deve acontecer, diariamente, pelos próximos 200 anos. Para continuar  o trabalho de segurança da barragem de Itaipu enquanto ela existir, um grupo de 40 pessoas, entre técnicos e engenheiros, conheceu de perto o aço e o concreto. Eles participam do Workshop “Segurança de barragem de Itaipu – Estruturas de concreto”, no PTI, um curso de uma semana, ministrado pelos especialistas João Francisco Silveira e Corrado Piasentin.

 

 
Nas galerias de Itaipu, o controle de drenagem da barragem principal
 O curso é voltado para profissionais da área civil de Itaipu, além de convidados da Eletrobrás e da Ande, do Paraguai. Ao longo da semana, os alunos passaram por aulas teóricas sobre geologia, instrumentação e projeto da barragem. Na quarta-feira, foi a vez da prática. O objetivo é passar o conhecimento dos profissionais que participaram do projeto e da construção de Itaipu para o pessoal que está chegando agora.   

 

O workshop é promovido pelo Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (CEASB), com o respaldo da Universidade Corporativa Itaipu (UCI). Os participantes do workshop caminharam pelos 12,3 milhões de metros cúbico de concreto que formam a barragem principal de Itaipu. Com lanternas nas mãos, eles percorreram as estreitas galerias da cota 60 e passaram por amplas catedrais, buscando trincas e fissuras, que são constantemente monitoradas. “A barragem já está toda instrumentada”, explica Corrado. São 1.362 instrumentos só na barragem de concreto. “O mais importante agora é o monitoramento diário”. 
              

 
Com lanterna nas mãos, alunos buscam fissuras e trincas que são monitoradas constantemente
 A inspeção é feita por 14 técnicos, como o paraguaio Edgar Ramon Gimenes, da SOCC.DT, 29 anos de Itaipu. Diariamente, ele percorre as galerias em busca de anomalias como uma nova fissura, ou água vertendo em excesso. Quando encontra, relata para colegas da manutenção, que tomam a providência. Com a mesma atenção, Gimenes acompanhou a equipe de novatos caminhando por áreas que ele conhece como poucos.

         

E ajudou com informações. “É importante passar este conhecimento para os novos. O pessoal que chega tem conhecimento teórico, mas não conhece Itaipu”.

 

O workshop termina nesta sexta-feira com palestras de Piassentin e Corrado. Na parte da manhã, será apresentado um estudo inédito sobre o cenário de risco da barragem principal. O curso deve acontecer de forma periódica para continuar o processo de gestão de conhecimento em Itaipu.