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Meio Ambiente
Técnicos replicarão ações do programa Água Boa
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19/05/2008

Técnicos de vários estados brasileiros conheceram a metodologia organizacional do programa “Cultivando Água Boa”, desenvolvido pela Itaipu Binacional. O grupo participou de uma oficina prática implementada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), como forma de replicar as experiências do programa para outros pontos do Brasil. As ações aplicadas na região da Bacia do Paraná III, que engloba 29 municípios, devem servir de base para outros projetos similares no país.

 


Samek apresenta iniciativa de Itaipu
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Os técnicos de meio ambiente e agricultura foram recepcionados pelo diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, pelo seu assistente, Cícero Bley, pelo diretor de Coordenação de Meio Ambiente, Nelton Friedrich, e pelo gestor do programa Cultivando Água Boa, João José Passini.

 

O DGB, Jorge Samek, ressaltou a importância do programa e da parceria firmada com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Esse é um projeto que cabe em qualquer parte do Brasil. E isso será possível através de parcerias como a que hoje possuímos como o MDA, que possibilita a implementação efetiva da proposta, numa somatória conjunta de esforços”, disse.

 

Explanações – Os visitantes receberam explanações detalhadas dos subprojetos identificados dentro do programa Água Boa. Cícero Bley falou sobre o projeto “Itaipu Plataforma de Energias Renováveis”. Coordenador do programa, Bley detalhou a experiência de produzir energia a partir de resíduos orgânicos de animais.

 

A plataforma de biogás gerenciada em parceria com a Itaipu Binacional opera em São Miguel do Iguaçu, município do oeste do Paraná. A energia gerada na estação provém dos resíduos orgânicos de suínos. O projeto, segundo explicou, pretende ampliar a matriz energética da região ao tornar autônomas pequenas propriedades rurais na questão do auto-abastecimento de energia. “Tem sido uma medida também para protegermos o meio ambiente da contaminação com dejetos dos animais que seriam despejados na natureza”, frisou.

 

Balanço geral - O diretor de Coordenação e Meio Ambiente, Nelton Friedrich, seguiu com as explanações. Fez um balanço geral sobre o programa, a relação social da empresa com as comunidades da região da Bacia do Paraná III, e os projetos paralelos desenvolvidos na área ambiental, como a agricultura orgânica familiar.

 

Atualmente, o programa Cultivando Água Boa mantém 29 comitês gestores na região. Os grupos, conforme o diretor, funcionam como instâncias de diálogo com as comunidades. “O programa Água Boa atende com o preceito da gestão participativa, da divisão de responsabilidades, dentro da nova missão da Itaipu Binacional de responsabilidade socioambiental”, disse.

 

Para o diretor da Emater, Paulo César Borges, o programa serve de modelo para outros estados brasileiros. “Pela primeira vez na minha vida inteira de técnico de extensão posso afirmar que este é um verdadeiro programa de extensão rural e de proteção ao meio ambiente”, salientou.

 

Visita de campo – Depois das apresentações, o grupo, formado por técnicos do Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Sergipe, Pará, Goiás, Espírito Santo, Tocantins, Rio de Janeiro e Paraná, visitou uma propriedade de alimentos orgânicos. O sítio, com dois alqueires de área, recebe apoio do projeto Agricultura Familiar, uma das vertentes do programa Cultivando Água Boa.

 

O agricultor Luiz Antonio Arruda planta morangos, maracujá, acerola, goiaba, café, abacaxi, milho-verde, vagem, mamão, alho, pupunha, seringueira e café. A propriedade funciona no sistema de agroecologia, sem o uso de agrotóxicos ou adubo químico.

 

Arruda trabalha ainda com a cultura verde e de rotação de cultura. Ele recebe apoio da Itaipu há cerca de cinco anos. “Os técnicos da Itaipu orientam sobre o plantio, além de recebermos equipamentos emprestados para a cooperativa dos agricultores de produtos orgânicos”, disse.

 

Sua propriedade opera no sistema de agroindústria. O agricultor transforma em sucos embalados e café empacotado a colheita. Os produtos são comercializados em feiras orgânicas, em mercados e mercearias, alem de encomendas atendidas pela Internet.