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Meio Ambiente
Samek defende investimentos em novas usinas hidrelétricas no País
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14/06/2011

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, defendeu, na manhã desta terça-feira (14), em Foz do Iguaçu, a opção do governo federal pela construção de novas usinas hidrelétricas, como as dos rios Madeira, Tapajós e Xingu, na região Norte do País. Para ele, os novos investimentos têm potencial para aliar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente.

A entrevista, no Centro de Recepção de Visitantes (CRV) da Itaipu, reuniu jornalistas que estão na cidade para a cobertura do Congresso da IHA 2011, promovido pela Associação Internacional de Hidreletricidade (IHA, em inglês) em parceria com a binacional. O congresso, que começa nesta terça e vai até sexta-feira (17), é considerado o maior evento do setor hidrelétrico mundial.

“Hoje temos de agregar, a cada três anos, uma Itaipu para sustentar o nível de crescimento que queremos”, salientou o diretor-geral brasileiro, lembrando que o consumo atual de energia do brasileiro é sete vezes menor que o do norte-americano e quatro vezes e meia abaixo que a média do europeu. “Não significa que queremos alcançar o nível de consumo exagerado dos norte-americanos, mas muitos brasileiros ainda não contam com serviços elétricos básicos. E, para que isso aconteça, temos que dotar o Brasil de mais energia.”

Samek lembrou somente 30% do potencial hidrelétrico são explorados no Brasil. Além disso, o País se dá ao luxo de ter disponível outras fontes de energia, como a proveniente da cana-de-açúcar e amplo potencial eólico e solar. Sem contar as fontes não renováveis. “Todos os países queriam ter a matriz larga que nós temos. Podemos escolher”, comentou.
 
Meio ambiente
 
Segundo Samek, no caso da hidreletricidade, além de ser uma fonte limpa e renovável, existe a vantagem de ser segura e confiável. “O problema do vento é o problema da solar: de vez em quando resolve fazer greve”, disse. “Acho que a energia solar será a energia do futuro. Mas, hoje, a segurança energética está na usina hidrelétrica.”

O diretor-geral acrescentou que, além de viabilizar o crescimento econômico, os novos investimentos no setor podem melhorar a vida dos moradores das regiões atingidas e garantir a preservação do meio ambiente.

A experiência do Programa Cultivando Água Boa (CAB), apresentado na coletiva pelo diretor de Coordenação e Meio Ambiente, Nelton Friedrich, foi citada como modelo. O programa beneficia 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (BP3), contemplando uma população estimada de um milhão de habitantes. “Não há mais espaço para que empresas públicas ou privadas se ausentem da questão ambiental”, reforçou Friedrich.

Também participaram da entrevista o prefeito de Entre Rios do Oeste, Elcio Zimmermann, presidente do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, e Darci Miguel Schmidt, do comitê gestor do programa em Nova Santa Rosa.

Abertura oficial
 
A abertura oficial do congresso será nesta quarta-feira (15), às 9 horas, com o painel Perspectivas da produção de hidreletricidade. Está prevista a participação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; do presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto; do presidente da International Hydropower Association (IHA), Refaat Abdel-Malek; e do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, entre outras autoridades.