Responsabilidade Social
Rio+20: Bachelet pede maior participação nas questões de gênero
19/06/2012
“Quando vocês voltarem para suas empresas, reflitam sobre o que está acontecendo por lá. Quais obstáculos que atrapalham o potencial das mulheres?”, provocou Bachelet. “É preciso ter mais mulheres em cargos de chefias, mas não ter por ter, e sim por reconhecer que nós mulheres podemos contribuir para melhorar o desempenho das empresas”. Itaipu e a equidade de gênero O “case” de Itaipu sobre a política de equidade de gênero foi apresentado em dois painéis no Fórum de Sustentabilidade Corporativa. Nos dois momentos, a diretora executiva financeira, Margaret Groff, mostrou as ações realizadas pela binacional desde 2004, quando criou seu programa de gênero. A equidade de gênero passou a ganhar ênfase na Itaipu em 2003, quando a empresa incluiu em sua missão a responsabilidade socioambiental, inspirada nas Metas do Milênio e na Agenda 21 de Ação das Mulheres pela Paz, documentos firmados na Conferência Rio 92. Com a criação do programa, no ano seguinte, o número de mulheres em cargos de chefia foi se ampliando até chegar hoje ao dobro do que era em 2003. De acordo com a coordenadora do Programa de Incentivo à Equidade de Gênero, Maria Helena Guarezi, o objetivo é garantir igualdade de condições para que homens e mulheres possam exercer o direito de escolhas para sua vida profissional, familiar e pessoal. “Não dá para discutir sustentabilidade sem falar em inclusão, em respeito às diferenças. Acho que o desenvolvimento sustentável exige uma sociedade justa e igualitária. Na medida em que você promove a equidade de gênero, tem uma sociedade melhor”, destaca Maria Helena. Política de Gênero Em abril de 2011, a Itaipu aprovou a Política de Equidade de Gênero, válida para o lado brasileiro e paraguaio da usina. São sete diretrizes, 20 objetivos e 55 ações. “Isso sem falar nas ações externas, como o apoio a projetos e ações de organizações não governamentais, que beneficiam, diretamente, 15 mil pessoas e, indiretamente, mais de 45 mil pessoas”, reforça a coordenadora. A diretriz número um da nova política prevê a ampliação do número de mulheres no quadro da empresa e de suas fundações. Atualmente, a margem esquerda da binacional conta com 1.195 homens e 276 mulheres (elas ocupam quase 19% das vagas). De 2004 para cá, dobrou o número de mulheres em postos de chefia, de 10% para 20%. Hoje, dos 128 postos de diretoria e gerência, 27 são ocupados por mulheres, 26 em cargos de gerência e superintendência e uma na Diretoria Financeira Executiva – um dos mais altos cargos da binacional, comandado por Margaret Groff. Desde 2006, a Itaipu Binacional é certificada pelo Selo Pró-Equidade de Gênero. Concedido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, do governo federal, o selo é um reconhecimento ao trabalho pioneiro desenvolvido pela empresa com adoção de boas práticas de gênero na gestão de pessoas e na cultura organizacional. |