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Pioneiros de Itaipu vão repassar conhecimento
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25/09/2009

Dois dos grandes cérebros que contribuíram diretamente para a construção da barragem de Itaipu estarão de volta à usina para trocar experiências com o “sangue novo” da hidrelétrica. Os engenheiros civis João Francisco Silveira e Corrado Piasentin estão na binacional durante esta semana para acertar os detalhes de um encontro inédito, promovido pelo Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ceasb) e planejado para fazer com que técnicos e engenheiros atualizem seus conhecimentos com quem participou do “nascimento” da usina.

 

 
Encontro de gerações de engenheiros civis (da esquerda para a direita): Dimilson Coelho, João Francisco Silveira, Josiele Patias e Corrado Piasentin.
O evento vai acontecer entre os dias 23 e 27 de novembro, no Parque Tecnológico Itaipu, e será conduzido pela dupla. Não será o primeiro workshop sobre segurança de barragem na Itaipu. Desta vez, contudo, o aprofundamento será maior e, o público-alvo, mais específico. O encontro dará ênfase às atividades dos profissionais das divisões de Engenharia Civil e Arquitetura (ENCC.DT) e Obras Civis (SOCC.DT) – que diariamente lidam com a segurança das estruturas civis da represa.

          
       
O workshop ainda não tem um nome específico, mas o programa já está definido. Além de apresentações diversas, também haverá idas a campo. Segundo o italiano Piasentin, a ideia de realizar o treinamento vinha amadurecendo há alguns anos e foi concebida em conjunto, entre os engenheiros da Itaipu e os consultores.

    

“A empresa vive uma fase marcada pela aposentadoria de muitos de seus técnicos e engenheiros, por isso é importante fazer uma boa gestão do conhecimento nesse momento”, diz. “Nós, que tivemos a oportunidade de vivenciar a concepção da obra, vamos tentar transferir essa experiência, que ainda hoje é muito útil”, complementa Silveira.

    
Os mestres

 

 
A troca de experiências sobre segurança de barragem é o alvo do workshop
Silveira e Piasentin atualmente se dedicam à consultoria de obras diversas. Itaipu, inclusive. Ambos tiveram importante participação na gênese da hidrelétrica. Silveira participou do projeto da barragem principal. Desde 76, junto com os colegas paraguaios, trabalhou no projeto básico e acompanhou a construção como um dos responsáveis pelo projeto de instrumentação.

           
“Na época havia muita experiência no Brasil em instrumentação de barragens tipo gravidade, mas não de gravidade aliviada ou contrafortes, como Itaipu”, recorda. Após viagens à Europa para visitar represas, laboratórios e fábricas de instrumentação, Silveira trouxe novos conhecimentos para a binacional, que até hoje tem a maior barragem do tipo gravidade aliviada do planeta. “Acompanhei também o enchimento do reservatório e o início da operação da usina, e desde então assessoro as equipes do quadro próprio”, lembra.

    
A experiência de Piasentin é ainda mais antiga. Ele trabalhou no plano de viabilidade e pesquisa de materiais e com os estudos básicos de topografia, altimetria e sondagens diversas, entre outros. “Estive em praticamente toda a trajetória do projeto da Itaipu e agora acompanho o comportamento da barragem, avaliando a segurança e dando o apoio aos engenheiros da hidrelétrica”, afirma