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Meio Ambiente
Peixes recebem nova marcação no Canal de Itaipu
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09/12/2009

Uma nova forma de monitoramento dos peixes está sendo implantada no Canal da Piracema. A tecnologia norte-americana de pit-tag, um microship que é colocado na região abdominal dos peixes, começou a ser utilizada na manhã desta terça-feira. Os profissionais da Divisão de Reservatório de Itaipu fizeram a captura de curimbas e piaparas, no canal de deságue, para aplicar os primeiros pit-tags.     

 

 
Quatro terceirizados, um estagiário, dois empregados e vários jornalistas na marcação dos peixes
“É a primeira vez que este tipo de controle é feito no Brasil”, disse o biólogo Hélio Fontes. Segundo ele, serão instalados sistematicamente dois mil pit-tags nos peixes ao longo do próximo ano. O objetivo é entender o comportamento das espécies dentro do Canal da Piracema. Para fazer este controle, antenas foram instaladas em três pontos específicos do canal – quando o peixe passa pela antena, deixa registrado seu número de série, como em um leitor de código de barras.

                  
Para que isso aconteça, cada peixe é capturado e anestesiado. O pit-tag é acionado com um aparelho, que registra seu número. O peixe é medido e as informações são anotadas em uma prancheta. Então, uma pequena incisão é feita no abdômen do peixe onde o microship éé instalado. O animal é, enfim, devolvido à água para seguir seu caminho.
      


Os microships são ativados por um aparelho antes de serem aplicados no peixe. As informações do animal ficam em uma planilha. Se um dia ele passar pelas antenas, os especialistas vão saber

O trabalho de marcação é feito em parceria com a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), responsável pela hidrelétrica de Porto Primavera, 300 km acima de Itaipu. No canal da piracema daquela usina foram instaladas antenas semelhantes às utilizadas em Itaipu. Assim, se um peixe marcado aqui chegar a São Paulo, ou vice-versa, os profissionais da área vão ficar sabendo.

    

Outra marcação que está sendo feita é a comum, a chamada dart-tag. São pequenas hastes de plástico aplicadas no dorso do peixe. “São marcas visíveis, e carrega um número 0800. Quando a pessoa capturar, pode ligar gratuitamente para nós”, explica. Este tipo de controle já é feito há 10 anos e, aproximadamente, 40 mil peixes foram marcados. Para cada 100 deles, de 3 a 4 peixes são capturados e a marca é devolvida à Itaipu. A informação é fundamental para avaliar o comportamento do peixe no canal e no Rio Paraná.
  
Interesse da imprensa
  
O primeiro dia de marcação movimentou o Canal da Piracema. Além dos dois empregados, quatro terceirizados e um estagiário envolvidos no trabalho, várias equipes de jornalistas se aglomeraram para mostrar como é feita a marcação. Equipes da RPC, Rede Massa, TV Tarobá, Foz TV, Rede Record e A Gazeta do Iguaçu acompanharam a atividade e vão mostrar em seus noticiários o trabalho de monitoramento de peixes feito em Itaipu.