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Nível da água baixa nos rios Paraná e Iguaçu, mas alerta continua
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28/06/2013

A água nas margens do Rio Paraná retrocedeu pouco mais de um metro nas últimas 24 horas em Foz do Iguaçu e deve continuar baixando lentamente nos próximos dias, mas o alerta às comunidades ribeirinhas permanece. Os dados são da Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos de Itaipu.

A comparação foi feita com base nas medições de Itaipu às 7h de quinta-feira (27) e no mesmo horário desta sexta-feira (28). Na Ponte da Amizade, o nível do Paraná caiu de 121,80 metros (em relação ao nível do mar) para 120,52 metros, uma redução de 1,28 metro. Há melhora, mas o leito continua 14 metros acima do nível médio normal, de 103,10 metros.

Na confluência dos rios Iguaçu e Paraná, a vazão – ou seja, o volume de água que passa pela calha do rio – passou de 37.822 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 35.800 m³/s. Parece pouco, mas são menos 2,02 milhões de litros por segundo no leito do rio. Na quinta-feira, era possível ver como a água ainda estava alta, atingindo o paredão do Marco das Três Fronteiras.

A diminuição também foi registrada no Rio Iguaçu. Nas Cataratas, em 24 horas, a redução foi de 810 m³/s. A vazão passou de 9347 m³/s para 8537 m³/s. Mesmo com a redução, as passarelas de acesso aos turistas à Garganta do Diabo continuavam fechadas às 9h desta sexta-feira (28). Não há previsão de abertura, segundo o Parque Nacional do Iguaçu.

Risco permanece aos ribeirinhos

Apesar da diminuição, as áreas ribeirinhas afetadas permanecem em estado de alerta. Moradores de áreas sujeitas ao alagamento natural dos rios não devem retornar às casas, mesmo com a baixa. A enchente afeta os bairros San Rafael, instalado em área irregular, e Remansito, ambos no Paraguai.

O pico foi registrado na quarta-feira (26), quando o nível chegou a 122,25 metros na Ponte da Amizade. Na ocasião, o rio elevou-se a quase 20 metros acima do nível considerado normal.

A cheia que afeta o Paraná e o Iguaçu não deve superar a marca de 1992, quando a vazão média diária na confluência dos dois rios atingiu 49.240 m3/s e permaneceu acima de 30 mil m³/s durante 11 dias seguidos.

Desde terça-feira (25), a vazão neste mesmo ponto ultrapassa 30 mil m³/s, mas a expectativa é que ela desça abaixo deste patamar na próxima segunda-feira (1º), com a queda gradativa das vazões. Neste ano, a máxima diária atingiu a média 38.350 m³/s.

Deve chover ainda neste sábado na bacia incremental do Paraná e na bacia do Iguaçu, entre as usinas de Foz da Areia e Salto de Caxias. A previsão é de 20 milímetros de chuvas na região de Foz. No domingo (30), a previsão é de chuva mais intensa nos rios Tibagi e Paranapanema e nas regiões sudeste.

Vertedouro

Itaipu mantém descarga estável. O vertedouro está aberto há seis dias para escoar água excedente do reservatório, que cumpre uma função reguladora no rio.

Na manhã desta sexta, as duas calhas principais do vertedouro escoavam 12.345 m³/s. O volume é equivalente ao escoamento de 11 Cataratas do Iguaçu. A produção de energia mantém-se alta. Às 11h45 desta sexta-feira, a geração estava em 11.142 MWh.
 
Veja os comparativos

7h de sexta-feira (28) / quinta-feira (27) 7h / diferença
Ponte da Amizade 120,52 / 121,80 (-1,28 metro)
Confluência rios Paraná e Iguaçu (R11) 35.800 / 37.822 (-2.022 m3/s)
Cataratas 8537 / 9347 (-810 m3/s)