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Morre um dos mais importantes pioneiros de Itaipu
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27/06/2008

O homem que tornou-se umas das figuras mais respeitadas da Itaipu, ao comandar a construção da usina no auge das suas obras, faleceu na última quinta-feira, dia 26, aos 84 anos, no Rio de Janeiro, onde morava. O engenheiro civil Rubens Vianna de Andrade, o primeiro superintendente de Obras e ex-diretor técnico executivo da empresa, foi sepultado na tarde desta sexta-feira, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo. “Doutor Rubens”, como era chamado por muitos colegas, era viúvo e deixou uma filha.

 


"Doutor Rubens" no canteiro de obras de Itaipu
Desde o início, o engenheiro esteve à frente da obra daquela que viria a ser a maior usina hidrelétrica do planeta. Ele chegou à Itaipu como funcionário da Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras (CAEEB), onde trabalhou de 1974 a 1980. Em 31 de maio de 1980 tornou-se empregado da Itaipu, e assim ficou até 30 de setembro de 1986, sempre na função de superintendente de Obras.

 

Ao supervisionar a edificação do colosso de concreto armado, acumulou conhecimentos técnicos que lhe renderam o apelido de “Mister Itaipu”. Voltou à empresa mais tarde, de 9 de julho de 1990 a 14 de maio de 1991, como diretor técnico executivo.

 

Figura destacada entre os companheiros de profissão, em 1982 foi eleito Eminente Engenheiro do Ano pelo Instituto de Engenharia de São Paulo. Sua carreira foi quase toda ligada ao setor elétrico. Mineiro, de Pouso Alegre, formou-se pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais em 1947. Antes de chegar à Itaipu trabalhou no Departamento de Estradas e Rodagem de São Paulo; na Companhia Hidrelétrica de São Francisco; na Centrais Energéticas de Minas Gerais; na General Motors do Brasil; Cosipa; e Furnas Centrais Elétricas.

 

Tranqüilo, decidido e competente

 

Pessoas que conviveram com Rubens Vianna de Andrade na Itaipu guardam na memória a imagem de um homem sempre muito tranqüilo, decidido e competente. “Foi ele quem tocou o empreendimento. Era a pessoa que cuidava para que obra não atrasasse”, lembra Marco Aurélio Escobar, atual superintendente de Obras. “Ele conversava com todos. A porta do seu escritório estava sempre aberta”, complementa.

 

Segundo Gilmar Fabro, da Divisão de Obras Civis, Rubens Vianna de Andrade era muito firme nas suas decisões. “Não era nada enrolado, o que era importante para o desenvolvimento da construção”, recorda. O engenheiro eletricista Affonso Parisi Júnior, atualmente aposentado, o tinha como “a autoridade máxima no tempo em que a diretoria não ficava em Foz do Iguaçu”. “Era uma figura muito respeitada e um exemplo de organização”, afirma.

 

Anna Maria Sanseverino tornou-se a secretária de Rubens Vianna Andrade na época em que ele assumiu a diretoria técnica. “Ele era uma pessoa muito reservada, calma, educada e eficiente”, diz.