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Mês da Mulher: colegas têm destaque no maior projeto de Itaipu desde a construção da usina
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31/03/2023

A Itaipu tem 1.250 empregados na margem esquerda e apenas um quinto desse total é formado por mulheres. Na área técnica, o desequilíbrio é ainda maior. Mas essa é uma realidade que vem mudando. Não apenas no número cada vez maior de empregadas, mas na inserção dessas profissionais em cargos de gestão e na liderança de grandes projetos.


No sentido horário, Daniele, Fernanda e Renata: participação feminina. Fotos: Arquivo pessoal e Alexandre Marchetti.

No Mês da Mulher, destacamos três colegas da margem brasileira que têm participação relevante no Plano de Atualização Tecnológica (PAT), o mais importante de Itaipu desde a construção da usina. São elas: Renata de Biasi Ribeiro Tufaile, coordenadora brasileira do Comitê Gestor da Atualização Tecnológica; Fernanda Maria Nodari, da Gerência Executiva do plano; e Daniele Tassi Simioni Gemael, superintendente de Compras, área a responsável pela realização de todas as licitações relacionadas ao PAT.

“A Atualização Tecnológica é importante porque vai garantir a continuidade do alto desempenho da usina. Mas além deste objetivo principal, temos um resultado secundário, que é importante. Os atuais empregados e empregadas não participaram da construção da usina", diz Renata, empregada da Itaipu há 22 anos.

"Então, durante a execução e gestão deste projeto, podem participar, conhecer e aprender sobre os processos licitatórios de grande monta, formação de consórcios, montagem e comissionamento de equipamentos, criação de normas, treinamentos, gestão integrada dos diversos contratos, relacionamentos com diversas empresas e com o envolvimento de todas as diretorias da empresa. É uma excelente oportunidade de aprendizado e desenvolvimento das equipes”, completa.

Daniele Tassi considera o trabalho como um grande desafio, considerando a complexidade envolvida e os valores. As contratações resultantes dos processos de licitação, por exemplo, têm vigência de até 14 anos, coincidentemente, o mesmo tempo que ela tem hoje de casa.

“Para termos ideia da grandiosidade dos processos, em 2022 foram realizados três processos licitatórios para a Atualização Tecnológica que, somados, representam US$ 661.471.022,26. Comparativamente aos processos licitatórios de rotina, este valor de apenas três processos da AT seria equivalente a soma de todos os processos dos anos de 2018 até 2021, quando foram realizados mais de 8.800 processos”, exemplifica.

Com 16 anos de Itaipu, Fernanda Nodari destaca que “poder contribuir com um projeto das dimensões do PAT dá muito de orgulho e motivação”. “Trabalhei durante 11 anos na Superintendência de Engenharia, área onde iniciaram os estudos e especificações da AT, e durante esse período presenciei algumas etapas desse projeto. Estar agora fazendo parte dele é gratificante”, diz.

As três colegas concordam que, na Itaipu, mesmo sendo uma empresa predominantemente masculina, as diferenças de gênero nunca foram empecilho para ascensão profissional. “Isso não refletiu no meu trabalho, nem nas oportunidades que tive ao longo da carreira. Sempre tive as mesmas condições e oportunidades que os demais colegas. E o meu ingresso no Comitê Gestor da AT foi da mesma forma, com muita colaboração e apoio de todos os integrantes”, assegura Renata.

“Não interfere”, concorda Fernanda. “Hoje, com ingresso por processo seletivo, acredito que a predominância masculina, principalmente na área Técnica, vem da formação feminina nessas áreas ainda ser menor do que a masculina. Há um número pequeno de mulheres na Diretoria Técnica, porém, acredito que bem maior do que a alguns anos atrás.”

Para Daniele, “Itaipu já passou por uma transformação cultural neste sentido e tenho a expectativa de que o quadro de empregados chegue próximo aos 50/50 num futuro bem próximo. Atualmente já temos mais mulheres nas áreas técnicas das universidades, o que será refletido na Itaipu futuramente”.

Olhando para fora da empresa, os desafios parecem maiores – e ter um mês dedicado às mulheres ajuda na reflexão sobre o tema. “É difícil ver um caminho fácil e rápido para mitigar essa desigualdade, infelizmente é histórico e cultural. Acredito que políticas públicas sejam necessárias para iniciar essa mudança e, ao mesmo tempo, não deixar de lado a questão do mérito”, diz Fernanda.

“A mesma transformação cultural que passamos na Itaipu, precisa ocorrer em toda a sociedade. É preciso que as mulheres não se intimidem com estes dados e continuem a se desenvolver para conquistar seu espaço e a equidade salarial”, completa Daniele.