Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Sala de Imprensa
Meninos do Lago têm chances de medalha nos jogos do Pan
Tamanho da letra
13/07/2015

Dois atletas do Instituto Meninos do Lago (Imel), de Itaipu e parceiros, chegam ao Canadá com chances reais de medalha. O iguaçuense Felipe Borges da Silva, na canoa simples (C1), e Ana Sátila, no caiaque simples (k1), integram a seleção brasileira de canoagem slalom que participam dos Jogos Pan-americanos 2015, neste mês.

Felipe Borges é atleta da Equipe Permanente de Canoagem e representa o País em diversas competições internacionais pelo C1 Masculino. O canoísta entrou no esporte graças ao Projeto Meninos do Lago, da Itaipu Binacional em parceria com a Federação Paranaense de Canoagem. O projeto social é voltado para jovens carentes dos bairros vizinhos à usina hidrelétrica em Foz do Iguaçu.

“Espero conseguir uma medalha e aproveitar para adquirir experiência para os Jogos Olímpicos no Rio, em 2016”, avaliou o atleta. Em abril, Borges foi medalha de bronze no Mundial Sub-23, realizado no Canal Itaipu. Há um mês, na Cracóvia, Polônia, ele conseguiu uma vaga inédita na semifinal da Copa do Mundo de Canoagem.

Para o auxiliar técnico da seleção de canoagem slalom, Guille Diez-Canedo, a categoria de Borges será muito disputada. “O C1 Masculino contará com mais candidatos ao ouro, pela presença do argentino Sebastian Rossi, além do americano Richfield. Mesmo assim Felipe vem de uma temporada boa, será a categoria mais aberta, com quatro claros candidatos ao ouro”.

Ana Sátila

Outra representante do instituto é a jovem revelação Ana Sátila, que iniciou a carreira profissional em Primavera do Leste, Mato Grosso, mas escolheu o Imel para representar nas competições, principalmente, devido à boa infraestrutura oferecida no Canal Itaipu.

Atleta da Equipe Permanente de Canoagem, Ana Sátila representou o Brasil nos Jogos Olímpicos 2012, em Londres. No Pan-americano, ela vai competir pelo K1 Feminino. “Estou muito esperançosa, acho que vai ser uma competição excelente”, comentou a atleta. “Representar o nosso País será uma experiência incrível. Estamos tendo um pensamento positivo”.

Aos 19 anos, Ana Sátila já acumula resultados importantes para a canoagem brasileira. Em 2013, na Eslováquia, foi medalha de bronze pela canoa simples (C1). Um ano depois, na Austrália, conquistou um ouro no caiaque simples (k1). Já em 2015, no Mundial Sub-23, ganhou a prata no k1, e, há poucos dias, na mesma modalidade, levou o bronze na 1ª Etapa da Copa do Mundo em Praga, na República Tcheca.

Para Guille Diez-Canedo, Sátila tem totais condições de trazer medalha ao Brasil. “Ela é sempre candidata ao ouro, vai ter uma boa briga com a representante canadense que tem uma vantagem em remar em casa e também a americana, mas se a Ana conseguir se sentir bem e forte remando pode conquistar um ouro”, avaliou.

Outras promessas brasileiras no Slalom

Desde 2009 quando Foz do Iguaçu passou a ser a casa da canoagem slalom no Brasil, muitos atletas de outras regiões foram treinar na cidade. Pedro Henrique Gonçalves, de Piraju (SP), compete no caíque simples (k1). “As expectativas para o Canadá são as melhores possíveis, sou atual campeão Pan-americano, estamos bem preparados e cientes de o que fazer, vou dar o meu melhor na água para tentar trazer o ouro para o Brasil”, afirmou.

Na avaliação de Diez-Canedo, ele está no caminho certo. “Pepe está adquirindo maturidade muito grande para competir, ele está remando muito bem, terá também fortes concorrentes como o atleta americano Michal Smolen e o representante do Canadá, mas pode surpreender”.

A dupla Charles Corrêa e Anderson Oliveira, também de Piraju, competirá pela canoa em dupla (C2) e também pode trazer bons resultados. “Espero fazer uma boa prova, uma boa competição e tentar sair com uma medalha no peito”, afirma Anderson. “Vamos remar bastante para tentar trazer a medalha de ouro para o Brasil”, colabora Charles. No último Mundial Sub-23, eles conquistaram uma inédita medalha de bronze.

Canoagem Brasileira

De acordo com Argos Gonçalves Dias Rodrigues, superintendente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), a canoagem brasileira vive seu melhor momento, graças a uma preparação que iniciou em 2008. “A realidade da canoagem slalom, assim como de tantos outros esportes nacionais, necessita basicamente de três fatores básicos: investimento, planejamento e muitos jovens atletas. Tenho certeza que daqui duas semanas vamos trazer de Toronto algumas medalhas para o Brasil”.

Meninos do Lago

Atualmente o Instituto Meninos do Lago (Imel) é a melhor escola na prática da canoagem slalom brasileira. Metade da Equipe Permanente do Brasil é formada por atletas oriundos do Projeto Meninos do Lago, desenvolvido pela Itaipu, que atende 100 crianças e adolescentes.

De acordo com Joel de Lima, assistente do diretor-geral brasileira da Itaipu, o trabalho não se resume somente no âmbito esportivo, é necessário mostrar bons resultados na escola: “Os meninos e meninas envolvidos no projeto, antes de entrar em qualquer canoa, têm a obrigação de mostrar o boletim escolar com notas azuis, só depois disso eles vão para o segundo momento que é a canoagem. Este formato é pedagógico e serve de exemplo para todos os outros jovens canoístas”.