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Energia
Lula e Lugo inauguram obras do linhão
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29/07/2010

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Fernando Lugo, participaram nesta sexta-feira (30) do ato que marcou o início simbólico das obras da subestação de Villa Hayes. A obra integra o projeto do linhão de 500 kV, que vai garantir a transmissão de energia para a capital paraguaia. Os diretores-gerais brasileiro e paraguaio, Jorge Samek e Gustavo Codas, além de toda a diretoria de Itaipu, participam da cerimônia.     

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Fernando Lugo, participaram nesta sexta-feira (30) do ato que marcou o início simbólico das obras da subestação de Villa Hayes. A obra integra o projeto do linhão de 500 kV, que vai garantir a transmissão de energia para a capital paraguaia. Os diretores-gerais brasileiro e paraguaio, Jorge Samek e Gustavo Codas, além de toda a diretoria de Itaipu, participam da cerimônia.
    
Em seu discurso, Lula lamentou que a obra só esteja começando agora e enfatizou a importância que ela terá para a economia paraguaia. “As coisas não acontecem com a rapidez que a gente gostaria, mas estou muito feliz de estar dando o pontapé inicial nesta obra. Atrás da energia certamente virá uma indústria, depois outra e mais outra; e então, será necessária uma nova linha de transmissão”.
    
Lula também apontou que a obra fortalece os laços de integração entre Brasil e Paraguai e, como um todo, entre os países do Mercosul. “É fundamental eliminar o gargalo da infraestrutura para permitir o crescimento do Paraguai. Queremos que todos os países da América Latina cresçam juntos, e que o comércio siga crescendo com mais equilíbrio e mais participação das exportações paraguaias”.
    
O presidente paraguaio, Fernando Lugo, disse esperar que a obra do linhão de 500 kV seja o primeiro de muitos outros empreendimentos entre os dois países. “Hoje eu não quero olhar para o passado e lamentar. Quero olhar no horizonte para celebrar o que poderemos fazer juntos”, afirmou. Ele também citou a necessidade de compreensão dos problemas políticos e sociais das nações mais pobres. “Cremos que acima da pobreza, a dignidade do homem está em primeiro lugar”.

Diretores
Primeiro a discursar, Jorge Samek destacou a rapidez com que o processo foi viabilizado, desde o anúncio do linhão, em 3 de junho, até o início das obras de terraplenagem. Samek ressaltou ainda que a obra do linhão de 500 kV vai modificar as relações da América Latina, em especial, do Mercosul. “Graças ao trabalho dos ministérios das Relações Exteriores dos dois países, e do Focem, que trabalharam juntos, podemos realizar este ano no dia de hoje”, disse Samek.

O diretor fez questão de lembrar do empenho de todos os empregados de Itaipu envolvidos no processo. E classificou como “profetas do apocalipse” os críticos da obra, que não acreditam no processo de integração.

Segundo o diretor-geral paraguaio, Gustavo Codas Friedmann, as relações entre Brasil e Paraguai vivem um novo momento, e o ritmo com que as obras do linhão serão tocadas até dezembro de 2012 vai comprovar isso. “Não se trata apenas de uma obra do setor elétrico. O linhão é a coluna vertebral para o desenvolvimento do setor industrial e o setor de serviços no Paraguai. Já temos entendimentos com diversos ministérios do governo nacional para que essa energia seja direcionada prioritariamente para novos investimentos e para a geração de empregos”, afirmou.

Transmissão    
A terraplenagem será executada pela empreiteira paraguaia Benito Roggio e Hijos, em área cedida pelo governo federal local. A subestação de Villa Hayes será ligada à subestação da margem direita de Itaipu, em Hernandarias, pela nova linha de 500 kV. O objetivo é melhorar a transmissão de energia para Assunção e ajudar na industrialização do país.

O custo total previsto do linhão é de US$ 400 milhões, com recursos do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Se não houver atrasos no cronograma, a expectativa é que a subestação entre em operação em dezembro de 2012.

O projeto é considerado um reconhecimento dos governos brasileiro e paraguaio à capacidade de Itaipu em realizar grandes obras, em tempo recorde, com segurança e alta tecnologia. E atende a necessidade de melhorar a transmissão de energia no país vizinho. “É preciso dotar o Paraguai de energia segura e a construção da linha de 500 kV se encaixa no acordo firmado entre Lula e Lugo”, reforçou Samek na última terça-fera, durante vistoria ao autotransformador TX 375 MVA, na subestação da margem direita.