Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Energia
Diretor de Belo Monte desmistifica dados sobre o empreendimento
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19/10/2015

De dados financeiros a informações sobre produção de energia e alagamento comparando as dez maiores usinas do Brasil, a palestra “Construção do Empreendimento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte – um dos projetos mais esperados do País na área de energia elétrica”, foi uma das mais disputadas no 23º Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE), em Foz do Iguaçu.

O estudo traz uma tônica importante sobre o empreendimento que vai colocar o Brasil num novo patamar energético. A apresentação foi feita pelo diretor de Engenharia e Construção de Belo Monte, Antônio Kelson Elias Filho.

Com 18 unidades geradoras e potência instalada de 11,2 mil megawatts, Belo Monte tem uma garantia física prevista de 4,2 MW. A geração comercial da primeira unidade geradora da usina está prevista para o período de março a maio de 2016.

Quando surgiu o projeto de Belo Monte, no Rio Xingu, a previsão era serem construídas seis usinas, com quase 20 mil km² de reservatório. Ao longo dos anos, o projeto foi sendo adaptado à legislação ambiental, que se tornou mais rígida no Brasil, a tal ponto que o reservatório diminuiu para apenas 3% do que era previsto anteriormente.

O reservatório, agora, ficou com apenas 478 km². Metade disso é a calha do próprio Rio Xingu. Houve perda de potencial energético com esse encolhimento, mas esse é o preço necessário para reduzir os danos ambientais ao mínimo possível e acabar com os conflitos.

Com os novos empreendimentos hidrelétricos, somados aos investimentos em linhas de transmissão, a meta do governo brasileiro é chegar a 2018 com um sistema elétrico ainda mais robusto, com custos declinantes e tarifas competitivas internacionalmente.

O Ministério de Minas e Energia prevê que, de 2015 a 2018, o Brasil irá contratar mais 31.500 MW de potência, dos quais quase 85% correspondem à geração de energias renováveis.

Para 2024, a previsão é chegar a um crescimento médio anual de 10% na geração por eólicas, pequenas centrais elétricas, termelétricas a biomassa e solar, passando de 20,9% de participação dessas fontes no parque de geração do sistema elétrico brasileiro, em 2018, para 27,3%, em 2024.

Todo o material de aterro utilizado em Belo Monte daria para encher 21.270 piscinas olímpicas. O transporte de material escavado formaria uma fila 36 vezes maior da distância entre Belém e São Paulo ou 108.000 km, duas voltas no planeta.

Programação

O terceiro dia do 23º SNPTEE, terça-feira (20), terá o maior número de artigos em exibição. Serão mais de 200 trabalhos, de 16 grupos temáticos diferentes, sobre os mais diversos assuntos do setor elétrico. As apresentações começam às 8h20, no Rafain Palace Hotel & Convention Center, em Foz do Iguaçu (PR), e segue até as 17h40. Em seguida, as empresas patrocinadoras apresentam palestras técnicas com novidades em tecnologia. O dia termina com uma visita técnica à Itaipu Binacional, para os participantes inscritos previamente.