Responsabilidade Social
Convênio Itaipu-MDS vai produzir mil carrinhos elétricos para catadores
28/12/2010
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e a ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, assinaram um acordo de cooperação para a produção de mil carrinhos elétricos, que serão entregues para catadores de recicláveis organizados em cooperativas de todo o País. O investimento previsto é de R$ 10 milhões. O compromisso foi firmado no último dia da Expocatadores 2010, que ocorreu de 21 a 23 de dezembro no centro de exposições Mart Center, na Vila Guilherme, em São Paulo.
Além do convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Samek assinou na Expocatadores um novo termo de parceria com a Associação Nacional dos Carroceiros e Catadores de Materiais Recicláveis (Ancat), para o fortalecimento de ações voltadas para os catadores, e formalizou a participação da usina e da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) no Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Materiais Recicláveis. Itaipu ainda foi destaque no segundo dia da programação. No dia 22, Cícero Bley participou da mesa-redonda “Incineração: aspectos e impactos políticos, sociais ambientais e econômicos da tecnologia”, mediada pela professora Sandra Luz, da Universidade de Brasília (UnB). Também participaram da mesa o jornalista Washington Novaes, colunista do jornal O Estado de São Paulo, e André Abreu, da Fundação France Libertés. Carrinhos elétricos
Os carrinhos foram desenvolvidos dentro do projeto Veículo Elétrico para Catadores (VEC), da Itaipu, que doou a patente para o movimento nacional de catadores de recicláveis. No começo de dezembro, o projeto recebeu o Prêmio Fundação Coge 2010, na categoria Ação de responsabilidade ambiental. De acordo com Luiz Carlos Matinc, já foram produzidos mais de cem carrinhos elétricos por Itaipu, que estão espalhados por municípios de todo o País – como Curitiba, Natal, Recife, Salvador, Porto Alegre, além de Foz do Iguaçu e vizinhos da Bacia do Paraná 3. Sobre o termo de parceria da Itaipu com a Ancat, Matinc disse que são dois os principais objetivos: o primeiro é trazer para os municípios atendidos na Bacia do Paraná 3 as inovações da nova política nacional dos catadores – entre elas, orientar o cidadão para separação e destinação do lixo reciclável; o segundo, levar para as demais regiões do País a experiência acumulada pelo projeto Coleta Solidária desde 2003, quando foi instituído. Segundo Matinc, dos cerca de 2 mil catadores da Bacia do Paraná 3, cerca de 500 já estão organizados em associações e cooperativas. “Antes do projeto, os catadores da BP3 ganhavam cerca de R$ 150 por mês; hoje, os trabalhadores que estão organizados, tiram uma média de R$ 850”, ressaltou. |