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Canal Itaipu: corredeiras de campeões
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22/07/2008

Os profissionais da canoagem agradecem; os futuros campeões vêem nas corredeiras um futuro brilhante. O Canal Itaipu, que mereceu elogios da mais nova representante do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim, Poliana Aparecida de Paula, desde segunda-feira recebe oito jovens iguaçuenses que, sob supervisão da equipe olímpica brasileira, começam a praticar o slalom (contorno de obstáculos) em uma pista que exige alto nível técnico.

 

Até agora, esses adolescentes só haviam praticado a canoagem em piscinas. Mas, até o dia 30, eles terão a oportunidade de remar no mesmo espaço que Poliana Aparecida de Paula apontou como um dos responsáveis pelo seu desenvolvimento e pela conquista da cobiçada vaga olímpica.

 

       Antônio Alves dos Santos, o Toni, técnico de canoagem slalom da CBCA Todos os jovens, sem exceção, compartilham a mesma aspiração. “Quero ser atleta profissional”, diz o aluno da 8ª série André da Silva, de 16 anos. Ele foi um dos participantes do Núcleo de Caiaque Pólo da Federação Paranaense de Canoagem (Fepacan), desenvolvido há sete meses em parceria com a Prefeitura de Foz do Iguaçu. Pelo projeto, estudantes da rede municipal de ensino praticam o caiaque pólo duas vezes por semana na piscina do Centro de Convivência Escola-Bairro Professor Darci Ribeiro Zanatta, no bairro Morumbi.

 

O caiaque pólo é uma espécie de pólo aquático no qual os competidores, em vez de nadar, se movimentam remando em caiaques. “Antes de partir para as corredeiras, a piscina é o melhor lugar para aprender a ter uma base de movimentação e de rolamentos, entre outros”, justifica Antônio Alves dos Santos, o Toni, técnico de canoagem slalom da CBCA.

 

      Bruna Paula Teixeira, de 12 anos, aluna da 6ª série Participam do projeto 50 alunos, de 12 a 16 anos. Os oito melhores foram selecionados para ver, no Canal Itaipu, se realmente têm potencial para brilhar nesse esporte. Até a próxima semana, os treinos acontecem na segunda, quarta e sexta-feira na pista da usina; na terça e quinta-feira continuam na piscina.

 

Como este é o primeiro contato dos adolescentes com as corredeiras, somente um pequeno trecho do Canal Itaipu está sendo percorrido nos treinos. Antes de pela primeira vez se aventurar em “águas bravas”, a ansiedade tomava conta dos jovens atletas. “As corredeiras dão um pouco de medo, pois na piscina é mais fácil, mas quero cair na água logo”, diz Bruna Paula Teixeira, de 12 anos, aluna da 6ª série.

 

Segundo Valdecir Fernandes da Cruz, presidente da Fepacan, a idéia é aproveitar a existência de uma “das melhores pistas do mundo no nosso ‘próprio quintal’ para fazer um trabalho de base e, quem sabe, descobrir novos talentos”. “Mas não temos pressa, porque não se faz campeões da noite para o dia”, ressalta Cruz. “Esperamos que, lá por 2012, tenhamos atletas de alto nível formados aqui mesmo, em Foz do Iguaçu”, afirma.

 

“Jóia rara” aproveita a pista

 

Uma das “jóias” lapidadas com cuidado para futuramente brilhar representando o Brasil em competições internacionais se chama Ana Sátila Vargas, de 12 anos. Aproveitando as férias escolares, ela atendeu ao convite da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCA) e veio de Primavera do Leste, no Mato Grosso, onde mora, para se juntar aos jovens iguaçuenses e passar uns dias treinando naquela que é considerada pela CBCA como “a melhor pista do País”. “A Ana está em um nível extraordinário para a idade dela”, destaca Toni. “Ela é, sem dúvidas, a melhor na sua faixa etária”, complementa o técnico.

 

     Com apenas 12 anos, Ana Vargas é apontada como uma das grandes promessas do esporte Desde quando começou a treinar canoagem, com apenas 10 anos, nas corredeiras do Rio das Mortes, na sua terra natal, os treinadores perceberam nela um talento raro para o esporte. Os sonhos da menina estão à altura do seu potencial. “Quero competir na olimpíada”, diz, sabendo na ponta da língua o que precisa para realmente chegar lá. “Muita dedicação e treino”, afirma. Para a pequena atleta é importante praticar no Canal Itaipu. “É muito bom treinar aqui, porque a pista é mais difícil, exige mais atenção”, resume.