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Bicicleta elétrica já faz parte da frota de Itaipu
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23/06/2008

A pé não dá. Afinal, é um quilômetro de uma ponta a outra das galerias da Casa de Força, que colegas têm que percorrer várias vezes durante o dia. Para dar conta do serviço sem perder o pique, a usina tem uma frota de cem bicicletas, 20 carrinhos elétricos e um triciclo. E uma novidade: há duas semanas, entraram para a lista duas bicicletas elétricas, movidas a bateria.

 

Adquirida pela Superintendência de Manutenção, as bicicletas elétricas ainda estão em fase de testes para atender às galerias da Casa de Força, principalmente nas cotas 92, 98 e 108. Nesse “test drive”, engenheiros e técnicos estudam a praticidade, velocidade e conforto, além do custo-benefício.

 

As duas bicicletas ficam ao lado do elevador E9, na cota 98. Essa localização é por uma questão de logística: o usuário que necessitar uma delas tem acesso, pelo elevador, a todas as cotas da Casa de Força.

 

O modelo em testes é a bicicleta elétrica Ecobike City250 – Tecnofast, da empresa Big Bikes. Ela é uma espécie de mescla entre uma bicicleta convencional e uma “scooter”. Sua vantagem sobre a scooter é que, se for preciso, pode ser movida a pedal. E, se preciso, com pedal e motor elétrico, simultaneamente.

 

Itaipu não escolheu a bicicleta elétrica por acaso. O uso se embasa na mesma filosofia da empresa, de cuidado com o meio ambiente, inclusive na questão da emissão de ruídos. A bicicleta elétrica utiliza energia limpa, dispensa o uso de óleos ou soluções gordurosas. Depois, tem a questão dos custos, tanto de aquisição quanto de manutenção. O pequeno gasto de energia é outro item fundamental: apenas um centavo por quilômetro rodado.

 

Segundo superintendente adjunto de Manutenção, José Roberto Ribeiro de Souza, a bicicleta elétrica é perfeita para o deslocamento dos funcionários com cargas pequenas, como documentos ou caixas de ferramentas – ela suporta até 100 kg de peso, incluindo o ocupante e a carga. Para cargas mais pesadas, a opção é o carrinho elétrico.

 

Test drive

 

Os colegas João Maria Marra (SMIM.DT) e César Augusto Kneib (SMMA.DT) fizeram ontem um “test drive” com a bicicleta elétrica, especialmente para a reportagem do JIE. Durante o teste, as bicicletas atraíram a atenção tanto de colegas quanto de turistas. E muitos aproveitaram para dar uma voltinha, sem poupar elogios.

 

Valdeci Pereira da Silva (SMME.DT), por exemplo, que utiliza uma bicicleta convencional durante o seu trabalho, já ficou de olho no novo veículo: “Acho que iria facilitar o trabalho, porque é bem mais rápida”, afirmou. “E cansa menos”, completou.

 

Jurandi Pereira Santana (SMMU.DT) lamentou que não possa utilizar a bicicleta elétrica. Ele percorre mais de dois quilômetros por dia em bicicleta convencional, mas como leva sempre uma carga de aproximadamente 50 kg, a elétrica não suportaria o peso. “É só na bicicleta normal ou no carrinho elétrico”, conforma-se.

 

A nova bicicleta foi avaliada também por dois colegas que utilizam o carrinho elétrico: Manoel José de Souza (SMMA.DT) e o estagiário Marcus Vinicíus de Souza. Ambos aprovaram, mas também para o serviço deles a bicicleta não serve.

 

Como funciona

 

A bicicleta tem um motor elétrico selado, sem escovas, instalado no cubo da roda traseira. O motor é alimentado por um conjunto de três baterias de 12V, localizadas junto ao quadro da bicicleta, que garantem uma velocidade máxima de 25 quilômetros por hora. O acelerador, assim como freio, fica nas pontas do guidão, como nas motos. Ou nas bicicletas comuns.

 

Sob condições normais de utilização em terreno misto, sua autonomia é de 40 quilômetros. Na hora de recarregar, é só colocar a bateria na tomada. A recarga total demora seis horas. E o custo disso é bem baixo: aos preços da energia cobrada pela Copel em Foz do Iguaçu, a recarga sairia por R$ 0,40. Ou, como já foi dito, o equivalente a R$ 0,01 por quilômetro rodado.

 

A bicicleta possui cesto, espelhos retrovisores, buzina, piscas com sinal sonoro, farol dianteiro, sinalização refletida na traseira e pedais. Quer dizer, é confortável e segura para o usuário e para quem passar por perto.

 

Claro que, para a segurança ser completa, quem usa uma bicicleta como essa não deve sair sem capacete.