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Meio Ambiente
Água Boa é destaque no Fórum Social do Mercosul
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29/04/2008

O programa Cultivando Água Boa, articulado pela Itaipu Binacional, foi destaque na programação desta segunda-feira (28) do Fórum Social do Mercosul, realizado em Curitiba. A apresentação da experiência da empresa na preservação dos recursos hídricos coube ao diretor de Coordenação e Meio Ambiente Nelton Friedrich, que participou do painel “Água, bem público e direito humano”.

 


Friedrich: "água não tem dono"
Friedrich citou o Cultivando Água Boa como exemplo de gestão participativa dos recursos hídricos, ao promover o envolvimento de produtores rurais e da comunidade na defesa de rios e nascentes, do solo e da mata ciliar.

 

Segundo ele, este viés colaborativo tem garantido o êxito do programa e, futuramente, vai assegurar sua continuidade independentemente do grau de envolvimento de Itaipu.

 

A gestão participativa de bacias hidrográficas, destacou o diretor de Coordenação e Meio Ambiente, é ainda uma forma de assegurar o acesso de populações carentes à água. Friedrich aproveitou para condenar a privatização de empresas de saneamento, que, de acordo com ele, coloca em risco o abastecimento.

 

“Ninguém é dono da água. Ela não pode estar em bolsas de valores, cotada em dólares. A água é um direito de todos. E a gestão pública dos recursos hídricos é a única garantia de acesso das populações carentes à água”, defendeu.

 


Evento reúne ativistas e autoridades relacionadas 
ao meio ambiente
Entre os participantes do painel esteve a ativista Carmen Sosa, presidente da Comissão Nacional em Defesa da Água e da Vida. Ela contou a experiência do organismo, que conseguiu mobilizar a sociedade uruguaia em torno da estatização das companhias de águas do país, vendidas ao capital estrangeiro nos anos 90.

 

Em 2004, um plebiscito devolveu o controle das empresas do setor ao governo. “Conseguimos isso reformando a Constituição por meio do engajamento das pessoas e do voto popular”, enfatizou Carmen Sosa.

 

No Cultivando Água Boa, observou Friedrich, as ações desenvolvidas junto às microbacias da Bacia do Paraná 3 dependem diretamente da comunidade, que é convidada a participar de atividades como as Oficinas do Futuro e o Pacto das Águas, que definem metas e atitudes de preservação ambiental.

 

Uma das parcerias bem sucedidas do programa com a comunidade é a colocação de cercas para proteger a mata ciliar em propriedades rurais. “Com o apoio dos produtores rurais, estamos próximos de atingir a marca de 400 quilômetros de cercas que garantem a proteção da mata ciliar próximo a rios e nascentes”, disse o diretor de Coordenação e Meio Ambiente.

 

O painel, com a participação de Friedrich, marcou o encerramento do Fórum Social do Mercosul, que teve o apoio da Itaipu e deu ênfase à temática ambiental.