Um dos maiores gargalos no trânsito de Foz do Iguaçu, o cruzamentos da Avenida Paraná com a BR-277, poderá ser solucionado graças a parcerias entre a Itaipu Binacional, o governo do Estado e a Prefeitura.
Itaipu se comprometeu a doar R$ 1 milhão para a construção de uma trincheira, aproximadamente um terço do valor inicialmente estimado para a obra.
Em passagem por Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, o governador Beto Richa confirmou a parceria e garantiu que, ainda este ano, voltará à cidade para anunciar o início das obras.
Segundo o governador, o projeto básico, elaborado pela concessionária EcoCataratas – administradora da BR-277 – está pronto. O próximo passo é a elaboração do projeto executivo e calcular o efetivo valor necessário para a execução das obras.
Promessa de Itaipu
Itaipu prometeu entrar com recursos para garantir a construção da trincheira, em reunião há um mês com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
Segundo Joel de Lima, assistente do diretor-geral brasileiro, “Itaipu não poderia deixar de apoiar a execução desta obra, que é cada vez mais necessária. Atravessar a BR-277 ficou cada vez mais difícil, demorado e perigoso, ainda mais com o aumento do tráfego gerado pelas instituições de ensino, como a Unila e o Instituto Federal do Paraná”, afirmou.
A construção de trincheira ou viaduto é uma reivindicação antiga dos iguaçuenses. Em horário de pico, o trevo leva até meia hora para ser cruzado, porque ali a BR-277, além do tráfego local, recebe todo o movimento de ida e volta do Paraguai, enquanto a Avenida Paraná é a principal ligação entre o centro da cidade e os bairros mais populosos da região Norte.
Já houve várias passeatas e manifestações no trevo da Avenida Paraná e até mobilizações virtuais, pelo Twitter, reivindicando um viaduto ou trincheira. A última, no início de maio, tornou-se um dos assuntos mais comentados do Twitter por quase duas horas.
Acidentes
Não apenas nos cruzamentos com as avenidas Paraná e Costa & Silva, mas em todo o trecho urbano da BR-277, o número de acidentes é assustador. Dados da Polícia Rodoviária Federal indicam que, somente em 2010, em 12 quilômetros do trecho urbano, houve 388 acidentes, que provocaram cinco mortes e 263 feridos.
O Corpo de Bombeiros, por sua vez, registrou 14 atropelamentos. O fluxo diário no perímetro urbano chega a 18 mil veículos na sexta-feira e no sábado, dias de maior movimento.
