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Depois de registrar o melhor bimestre de toda sua história, a Itaipu voltou a bater mais um recorde de geração de energia em 2012. De janeiro até o final de março, a hidrelétrica produziu um total de 24.720.761 MWh. Foi o melhor trimestre desde que a usina entrou em operação, superando até mesmo a geração dos três primeiros meses de 2008, quando Itaipu bateu recorde anual de produção, num total de 94,6 milhões de MWh. Nos três primeiros meses daquele ano foram produzidos 23.471.837 MWh.

Os 24.720.761 MWh seriam suficientes para abastecer o Paraguai por dois anos e três meses. Essa quantidade poderia suprir ainda o consumo de uma cidade do porte de Curitiba por cinco anos, o Estado do Paraná por um ano, a Região Sul por quatro meses e a cidade de São Paulo por 10 meses.

Em 2012, a Itaipu já superou três marcas: a usina teve um janeiro histórico e os melhores bimestre e trimestre de todos os tempos. Nos dois primeiros meses do ano, a usina produziu 16.376.535 MWh.

Comparativos

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (2) pela Divisão de Programação e Estatística da Itaipu, a geração nos primeiros três meses de 2012 também cresceu em relação ao mesmo período do ano passado. Em janeiro, fevereiro e março de 2011, a usina gerou um total de 23.025.990 MWh. O aumento é 7,4%. Os 1.694.771 MWh produzidos a mais seriam suficientes para atender à demanda de uma cidade do tamanho de Curitiba por 120 dias.

Outro fator importante é que o resultado positivo do trimestre é seguido de uma outra boa notícia: a volta da operação da unidade geradora 06 (U6) em 20 de março. Com a U6 reconectada ao sistema elétrico, Itaipu volta a dispor de suas 20 unidades geradoras. Juntas, elas somam uma potência instalada de 14 mil MW.

O bom desempenho do trimestre e o retorno da operação da U6 dão ainda mais otimismo à área técnica da usina. Itaipu tem como meta e desafio superar a produção de 2008 e chegar nos próximos anos à marca de 100 milhões de MWh. Em 2011, Itaipu atendeu 17% do consumo brasileiro e 73% do Paraguai.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, que acumula o cargo de diretor técnico, comemorou o resultado do trimestre.  Segundo ele, as atuais condições hidrológicas têm sido favoráveis nos primeiros meses do ano. Outro fator importante é que a demanda por energia permanece aquecida, tanto no Brasil quanto no Paraguai, os dois sócios no empreendimento. Um reflexo direto do cenário econômico positivo dos dois países.

Samek também destacou que a excelência da operação e da manutenção da usina, marca registrada de Itaipu, tem contribuído para esse bom desempenho. Os investimentos no setor elétrico estão cada mais robustos. Estão em andamento, por exemplo, a construção de uma linha de transmissão de 500 kV ligando Itaipu a Assunção; o reforço de linha que Furnas fez nas subestações de Manoel Ribas (mais conhecida como Ivaiporã) e Itaberá; e a entrada em operação de uma linha da Copel, também de 500 kV, entre Foz do Iguaçu e Cascavel. 

Sistema integrado

Para o superintendente de Operação, Celso Torino, o novo recorde (o trimestral) é produto de uma somatória de fatores. No topo deles, está o maior consumo de energia pelo Brasil e Paraguai. “Os países estão crescendo, e a demanda energética também”, explica.

Outro ponto destacado pelo superintendente é a ação integrada de Itaipu, Eletrobras, Ande (Paraguai), ONS (Brasil), Furnas e Copel. “Essas empresas trabalham de forma coordenada em um processo transversal. A geração de energia tem início na gestão das águas do Rio Paraná, passa pelas nossas unidades geradoras, continua nas linhas de transmissão e termina no consumo de energia do Brasil e Paraguai”, disse Torino.

O superintendente acrescentou que o recorde do trimestre é uma conquista coletiva e a equipe da Itaipu tem feito sua parte com excelência.