O 1º Seminário Paranaense de Veículos Elétricos, que terminou na manhã desta quinta-feira (8), no Cineteatro dos Barrageiros, no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), teve o mérito de reunir, em um só ambiente, diferentes braços da cadeia produtiva brasileira, discutir problemas e soluções para o setor, e analisar as experiências recentes da Europa, Ásia e Estados Unidos.
A opinião é do coordenador geral brasileiro do Projeto Veículo Elétrico, engenheiro Celso Novais, chefe da Assessoria de Mobilidade Elétrica Sustentável (AM.TE). O congresso foi promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em parceria com Itaipu Binacional e Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI).
“Esse foi o primeiro evento que fizemos e, na minha opinião, o saldo foi muito positivo. Trouxemos a visão da Europa, dos EUA, e no ano que vem com certeza o congresso será ainda maior”, antecipou Novais. “É um setor importante, em crescimento, e nós não podemos perder emprego e nem oportunidades”.
O coordenador do Projeto VE pela suíça Kraftwerke Oberhasli AG – KWO, Helfried Max Ursin, tem a mesma opinião. “Tivemos a oportunidade de aumentar a nossa rede de parceiros, de cérebros, de pessoas que pensam da mesma forma. E fortalecer no Brasil a ligação entre centros de pesquisa, universidades e empresas”, observou.
Para Max Ursin, a parceria da KWO com Itaipu, no Projeto VE, trouxe vantagens para as duas instituições – como a binacional, e empresa suíça opera usinas hidrelétricas, na região dos Alpes. “Nós [do setor elétrico] temos realmente que puxar esse tema (veículos elétricos) porque é um assunto que interessa a todo o mundo. Na Suíça e no Brasil, somos pioneiros”, acrescentou.
Coordenador do Projeto VE pela Fiat, Leonardo Cavaliere disse que a reunião dos segmentos e a discussão de temas relacionados ao veículo elétrico são fundamentais para viabilizar a tecnologia no Brasil. Da parceria com Itaipu, já foram produzidos cerca de 60 Palios Weekend elétricos, alguns em exposição no congresso.
Cavaliere ressaltou a presença no evento de representantes de empresas automobilísticas, de geração de energia e parque fornecedor de componentes. “Para nós, o que mais avançou foi o tema de nacionalização dos componentes. Queremos ter o máximo possível de componentes nacionalizados para tornar o preço do carro [elétrico] acessível”.
Representante da Mitsubishi, Fabio Maggion destacou as soluções tecnológicas que foram apresentadas no congresso. “Na verdade, esse congresso é uma janela muito interessante para discutir as dificuldades que a gente, buscar soluções e conhecer as experiências encontradas no âmbito tecnológico”, disse.
Maggion elogiou a participação de Itaipu tanto na promoção do evento como no esforço para desenvolver o setor. “Itaipu tem uma força muito grande e pode ajudar não só as montadoras, mas também fornecedores de componentes e distribuidoras de energia a conseguir esse futuro sustentável que a gente está buscando. Por isso o saldo [do congresso] foi muito positivo”, afirmou.
Marcelo Rodrigues Soares, coordenador de um projeto de veículos elétricos desenvolvido pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), comentou que a rotina pesada de trabalho muitas vezes impede o encontro das pessoas e a troca de experiências. Além disso, um congresso como o realizado em Itaipu joga luz sobre os benefícios e as dificuldades enfrentadas pelo setor. Para ele, essa visibilidade é fundamental para superação dos problemas. “O saldo é positivo e o ano que vem estaremos aí”.
