A Itaipu e a Fazenda Apolo, de Itaipulândia, encerraram, nesta quinta-feira (28), uma disputa judicial que começou em 1986. Com o acordo, a binacional reintegra ao seu patrimônio uma área de 53 hectares que deveria fazer parte da faixa de proteção do reservatório, mas que vinha sendo utilizada para a criação de gado.
      

Conforme explica o gerente advogado da Itaipu, Luciano Veras, na época os proprietários da fazenda Apolo (que tem 2.300 hectares) haviam sido indenizados, assim como todos aqueles que tiveram áreas inundadas ou utilizadas para a constituição da faixa de proteção do reservatório, mas mantiveram a pecuária naquele espaço.

 
“É uma área muito grande, maior do que a doada para a construção da Unila, que agredia tanto o Direito Ambiental, pela ausência da mata ciliar junto ao reservatório, quanto o patrimônio da Itaipu”, afirmou Veras.
    
A petição de acordo, que será homologada pelo Poder Judiciário, obriga os réus a promoverem parte da recuperação ambiental, sob orientação de Itaipu, em parceria com a prefeitura de Itaipulândia.
    
“A recuperação ambiental dessa área sempre foi motivo de cobrança da comunidade lindeira, devido a sua grande visibilidade (nas margens da PR 495) e um desafio para a equipes da DC e da DJ (diretorias de Coordenação e Jurídica) ao longo destes anos todos”, afirma João Antonio Cordoni, gerente do Departamento de Reservatório e Áreas Protegidas da Itaipu.