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A Itaipu Binacional acaba de selar uma parceria inédita com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), entidade que é uma referência mundial em metodologias para a avaliação e conservação de espécies. As duas instituições uniram forças para fazer o inventário mais completo já elaborado sobre a ictiofauna da Bacia Hidrográfica do Prata. Além disso, a Itaipu passa a fazer parte oficialmente da IUCN.
A IUCN é a criadora da Lista Vermelha, a mais conhecida classificação de espécies quanto ao seu estado de conservação em categorias como extinta, extinta na natureza, crítica ou criticamente ameaçada, em perigo, vulnerável, quase ameaçada e segura ou pouco preocupante.
O acordo foi selado recentemente pelo diretor de Coordenação e Meio Ambiente, Nelton Friedrich que, inclusive, prestigiou a inauguração do escritório de representação da IUCN no Brasil, em Brasília, no início de agosto. Na ocasião, a entidade também assinou com o Governo Federal um convênio para melhorar a avaliação, a conservação e a recuperação das espécies ameaçadas no país.
A Itaipu, dentro de suas ações de proteção à biodiversidade, já faz a identificação de espécies aquáticas na área de seu reservatório, mas a partir dessa parceria será possível estabelecer um retrato mais preciso, não só na região, mas também em toda a Bacia do Prata, que passa por cinco países (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai).
“Essa parceria com a IUCN reconhece os esforços conservacionistas da Itaipu e vai permitir classificar as espécies de toda a bacia em relação à Linha Vermelha”, disse Friedrich.
A IUCN atua nas áreas de biodiversidade, mudança do clima, energia, meios de subsistência humana e “ecologização” da economia mundial por meio do apoio à pesquisa científica, gestão de projetos em campo e congregação de governos, ONGs, a ONU e iniciativa privada para a formulação de políticas, leis e boas práticas.
Fundada em 1948, a IUCN tem sede em Gland (Suíça) e reúne 83 estados, 110 dependências governamentais, 735 ONGs, 32 filiações e ao redor de 10.000 cientistas e especialistas de 142 países. É a maior rede de conhecimento ambiental do mundo e tem ajudado diversos países a implementarem estratégias para a conservação da natureza e da biodiversidade. A exemplo do que a UNESCO faz com os patrimônios culturais da humanidade, a IUCN faz o mesmo com o patrimônio natural.