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Em um ano de reservatórios cheios, Itaipu atingiu a quarta maior produção anual de energia em seus 25 anos de geração. Foram 91.651.808 megawatts-hora (MWh) produzidos ao longo do ano passado. Embora a previsão inicial fosse de um novo recorde, o volume de produção de energia em 2009 foi motivo de comemoração para os profissionais da Área Técnica.
    

Produção de energia depende de chuvas, demanda e performance da usina

“A demanda de energia do sistema diminuiu nos últimos meses do ano, principalmente em dezembro”, explica o gerente interino da Superintendência de Operação, Celso Torino. De acordo com ele, em dezembro a produção foi baixa, quando comparada à do mesmo mês em outros anos. Foram 6.725.157 MWh gerados no último mês do ano.

        
Torino explica que a produção de energia depende de três fatores: vazão do rio, performance da usina e demanda do sistema. Os dois primeiros estavam muito bem, mas o último nem tanto. “Como os reservatórios de todo o país estiveram, e estão, cheios, não houve tanta necessidade de utilizar a produção de energia de Itaipu”, diz.

   
De acordo com o gerente interino do Departamento de Operação do Sistema, Alberto de Araújo Bastos, Itaipu começou o ano com uma produção elevada de energia, pois os níveis dos reservatórios do País estavam bastante baixo. Em março, por exemplo, a produção foi 8.545.907 MWh, bem acima da média anual. Alberto lembra que se chegou debater a redução da cota mínima de operação da usina.
   

Geração foi a quarta maior da história.

Performance de Itaipu: empregados e máquinas fizeram seu papel para atingir a marca

“No começo do ano o sistema teve muita dependência de Itaipu, porque a realidade era exatamente a oposta da atual”, conta. “As chuvas chegaram atrasadas e os reservatórios estavam baixos”. Em meados do ano, as chuvas vieram fartas e encheram os reservatórios de todo o País. Para Celso Torino, começar o ano com os reservatórios cheios significa um 2010 de tranquilidade energética. Água não vai faltar.

    
Performance de Itaipu
  
Das três variáveis que controlam a produção de energia, a única que depende exclusivamente de Itaipu é a performance da usina. Ou seja, se os empregados de Itaipu fizeram o dever de casa para deixar a usina tinindo. E se as unidades geradoras tiveram um bom desempenho. Segundo Torino, dois fatores principais medem esta performance: a disponibilidade programada das máquinas e a indisponibilidade forçada.
     

“Depende se a unidade geradora foi bem projetada, uma boa montagem durante a instalação, se há uma boa manutenção e boa operação”, resume Torino, relacionando as quatro superintendências da Técnica: Engenharia, Obras, Manutenção e Operação. De acordo com ele, o fator de disponibilidade foi de 94,49%. Já o de indisponibilidade forçada foi de 0,10%. Os dois índices são considerados referências para o setor hidrelétrico mundial.