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A Itaipu Binacional venceu o Prêmio ECO 2009, na categoria Sustentabilidade em Processos. É a primeira vez que uma empresa do setor público recebe a premiação, promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos –Amcham e pelo jornal Valor Econômico. A entrega do prêmio foi nesta sexta-feira (27), em São Paulo. Participaram da solenidade a diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, e o diretor de Coordenação e Meio Ambiente, Nelton Friedrich.
 
O tema do Prêmio ECO 2009, "Inovação e sustentabilidade nas empresas", foi dividido em quatro categorias: Sustentabilidade em Novos Projetos, Sustentabilidade em Processos, Sustentabilidade em Produtos e Sustentabilidade no Modelo de Negócios. A premiação foi de 1acordo com o porte: pequenas e médias (com faturamento anual entre R$ 15 milhões e R$ 100 milhões) e grandes (acima de R$ 100 milhões).

Representante de Itaipu na Amcham, a diretora financeira executiva apresentou o ‘case’ da empresa para concorrer ao Prêmio ECO. Segundo ela, Itaipu já se destaca por sua atuação na responsabilidade social, e com o novo prêmio “tem também o reconhecimento empresarial”, já que a Amcham reúne algumas das mais importantes empresas do Brasil.

Itaipu, de acordo ainda com Margaret Groff, prova que é possível a qualquer empresa adotar uma gestão sustentável, com respeito total às questões ambientais.

Para o diretor de Coordenação e Meio Ambiente, Nelton Friedrich, prêmios de sustentabilidade são importantes para motivar as empresas públicas e privadas a adotarem práticas que contribuam para o enfrentamento da crise ambiental global. “É uma satisfação muito grande receber um prêmio como esse. É um reconhecimento compartilhado com todos os atores sociais que fazem parte desse movimento que é o Cultivando Água Boa”, afirmou o diretor.

O Cultivando Água Boa reúne diversos programas, desenvolvidos nos 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (conjunto de microbacias conectadas com o reservatório da usina). As ações incluem a limpeza de rios, a recomposição e proteção de matas ciliares, a recuperação de estradas rurais, a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis (como a agricultura orgânica e o cultivo de plantas medicinais) e a estruturação de segmentos economicamente vulneráveis (como comunidades indígenas e catadores de materiais recicláveis), entre outras.

Uma das características do programa é o planejamento por microbacias hidrográficas, que permite trabalhar os passivos ambientais rio por rio. Até o momento, mais de 100 microbacias estão sendo trabalhadas. Em todas as etapas, a educação ambiental desempenha um papel fundamental para a valorização dos resultados pelas comunidades atendidas e para a longevidade dos benefícios conquistados. Os mais de 2 mil parceiros incluem representantes dos governos federal, do estado do Paraná e dos 29 municípios, cooperativas agropecuárias, associações de moradores, instituições de ensino e pesquisa e ONGs.

O prêmio

Lançado pela Amcham em 1982, o Prêmio ECO foi pioneiro no reconhecimento de companhias que adotam práticas sustentáveis no Brasil. O nome ECO nasceu de uma fusão das palavras empresa e comunidade para traduzir o interesse de seus criadores de transformá-lo em um instrumento de compromisso corporativo com o desenvolvimento social.

No ano passado, o ECO reconheceu empresas em duas categorias - Gestão Empresarial para a Sustentabilidade (GES) e Práticas de Responsabilidade Social Empresarial (PRSE), esta última dividida em cinco modalidades (Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes e Comunidade). Em ambas as categorias também houve divisão das companhias por tamanho. Pelo segundo ano consecutivo, o jornal Valor Econômico é correalizador do Prêmio ECO, uma parceria com objetivo de garantir maior visibilidade à iniciativa.