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O documento que os países do continente americano vão levar ao Fórum Mundial das Águas, em 2009, na Turquia, tem a cara do Brasil e do Programa Cultivando Água Boa. Alguns dos itens que formam a chamada “Mensagem de Foz do Iguaçu” se baseiam em necessidades brasileiras e têm grande influência do Água Boa, programa desenvolvido pela Itaipu Binacional e parceiros em todos os 29 municípios da Bacia do Paraná 3. O documento foi definido na manhã desta terça-feira, pelos cerca de 250 participantes dos 37 países americanos, no último dia do Fórum de Águas das Américas, realizado desde domingo em Foz do Iguaçu.
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Uma das propostas fala de se conscientizar a população sobre a importância da água e a necessidade de treinamento e educação para todos da sociedade, conectando as pessoas à bacia na qual a comunidade está inserida. |
“Isso é a cara do Programa Cultivando Água Boa”, afirmou Benedito Braga, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e vice-presidente do Conselho Mundial de Água. Ele se refere ao trabalho de educação ambiental nas microbacias, uma das ações expoentes do Cultivando Água Boa.
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“O evento foi um grande sucesso, porque conseguimos em um dia e meio chegar a um consenso entre todos os irmãos americanos”, afirmou Braga. Ele destacou a participação de Itaipu na delegação brasileira, tanto no Fórum de Águas das Américas quanto na que irá à Turquia no ano que vem. |
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, “Samek participou ativamente dos debates”, disse. “Itaipu tem grande interesse em se integrar à ANA no fórum mundial”, concluiu.
As autoridades dos países americanos passaram dois dias debatendo, para chegar a um documento de consenso, formado por 11 itens, com as principais questões do continente relativas à gestão dos recursos hídricos. Nos próximos meses, representantes desses países continuarão em contato para afinar o discurso até o encontro mundial, que acontece em março de 2009, em Istambul, na Turquia.
Questões relevantes
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Para Benedito Braga, o ponto mais importante do documento coincide com a política brasileira na área de recursos hídricos: garantir o fornecimento de água potável e saneamento básico. “Um dos desafios do Brasil é conseguir limpar os rios e investir maciçamente em saneamento básico, para que tenhamos rios limpos, crianças saudáveis e hospitais vazios”, afirmou. |
Outro ponto que é a cara do Brasil diz respeito a fortalecer os órgãos de gestão de água estaduais, integrando-os com a política nacional de recursos hídricos. “Parece que foi feito pela gente, mas é um consenso das Américas. Isso mostra como estamos unidos nas questões das águas”, disse Braga.
O documento leva a Istambul questões como transversalidade nas políticas públicas das águas; uso múltiplo (geração de energia, transporte, agricultura, entre outros); regulamentação e incentivos econômicos; gestão compartilhada de aqüíferos e bacias transfronteiriças. As pequenas ilhas do Caribe conseguiram aprovar o item que fala sobre uma especial atenção aos seus recursos aqüíferos, principalmente em um cenário de mudanças climáticas.
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Para o diretor-geral do Conselho Mundial de Água, o holandês Ger Bergkamp, o fórum conseguiu unir as Américas em torno do tema água. “No Fórum, consolidamos uma agenda comum e, no fórum mundial, vamos conectar essas questões à agenda mundial”, afirmou. |
Links:
[1] https://www.itaipu.gov.py/sites/default/files/arquivos_antigos/aguaboa_samek_capa.jpg