Profissionais da Itaipu apresentam uma série de pesquisas no 37º Congresso Internacional de Limnologia, evento voltado para os estudos de corpos de água doce, que acontece de 5 a 9 de maio no Centro de Convenções do Hotel Grand Carimã, em Foz do Iguaçu (PR). A Binacional é uma das patrocinadoras do evento e, além da participação dos palestrantes, expõe o estande da empresa durante o congresso.

 

 

Com o tema “Construindo pontes entre a ciência e a sociedade para reduzir os efeitos da fragmentação e degradação de águas interioranas”, o encontro tem o objetivo de conciliar os usos múltiplos da água com os desafios da conservação diante das mudanças climáticas e da pressão humana, além de abordar como indígenas e não-indígenas podem deixar uma terra sustentável para o futuro.

 

A gerente da Divisão de Reservatório da Itaipu, a bióloga Simone Benassi, participou da abertura do evento representando o diretor-geral brasileiro, Enio Verri. Em sua fala, Benassi lembrou as ações promovidas pelo Programa Itaipu Mais que Energia como o fornecimento de água potável às comunidades vulneráveis, em especial os povos indígenas. 

 

“É inaceitável para nós que uma parte significativa desse segmento da população ainda enfrente escassez de água em nosso país”, afirmou a bióloga. São mais de 10 mil famílias no estado Paraná e 35 mil indígenas no Mato Grosso do Sul que passam a ter acesso à água. “Essa é uma tarefa que envolve arranjos institucionais complexos, mas nossa determinação em alcançar esse objetivo é incansável”, conclui.

 

O congresso tem dez sessões regulares sobre vários temas. Itaipu participa com 14 especialistas, exibindo 12 pôsteres, cinco apresentações orais e organizando duas mesas-redondas sobre os temas água, biodiversidade, energia e alimento. Em sua participação, a empresa mostrará as diversas pesquisas, por meio do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), com renomadas universidades do Brasil como UEM, UFABC, UNESP, UNILA, UFJF, UFPR e UFRG, que compõem uma rede de pesquisa robusta e colaborativa.

 

 

Limnologia é a ciência que estuda os corpos de águas interiores ou continentais, ou seja, a água que é encontrada fora do litoral, como os rios, lagos, lençóis subterrâneos (aquíferos ou lençóis freáticos) e reservatórios de hidrelétricas, entre outros. Por isso, ela difere da oceanografia, que tem como objeto de estudo a água salgada.

 

Na Itaipu, os estudos limnológicos começaram antes da construção da usina e da formação do reservatório. Em 1972, houve o primeiro estudo, o de viabilidade (vida útil) do reservatório que se formaria e já nesta década começou o monitoramento do Rio Paraná, tendo sido, desde 1994, implementado o monitoramento trimestral de qualidade de água do reservatório.

 

Dezenas de estudos foram realizados para compreender o ecossistema do reservatório de Itaipu, principalmente, em parceria com as universidades, gerando uma contribuição científica extensa e valiosa. O reservatório de Itaipu é um dos ecossistemas aquáticos brasileiros que possui uma das maiores séries temporais de dados. Essas informações foram subsídios para diversas políticas públicas na área de recursos hídricos.