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O gestor de convênios do Departamento de Obras e Manutenção da Itaipu, Fabricio Mussi, tem desenvolvido, ao longo dos anos, pesquisas contemplando temas variados relacionados ao ecossistema e às ações socioambientais da hidrelétrica. Isso representou um ganho imensurável para a área ambiental e para a relação da usina com parceiros externos, contribuindo para a preservação das nossas florestas e para ampliar as possibilidades de atuação em seu entorno.

Foto: arquivo pessoal.

Mussi trabalha com as mais diversas pesquisas: gestão de contratos, utilização de indicadores qualitativos de sustentabilidade, avaliação de serviços ecossistêmicos que impactam na operação da usina, avaliação da vida útil do reservatório (sob orientação de Anderson Braga Mendes, especialista no assunto), análise da cooperação de indígenas/pescadores/catadores de materiais recicláveis e estudantes para preservar o reservatório de Itaipu e análise das parcerias na área ambiental.

Graduado em Administração e em Ciências Econômicas, é mestre em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutor em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com pós-doutorado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Natural de Ponta Grossa, Mussi entrou para o quadro próprio de Itaipu em 2011. Antes disso, morava em Curitiba, onde trabalhou como gestor de contratos na diretoria Técnica da Usina a Gás de Araucária (UEGA) e como professor universitário. Sem nunca ter parado de estudar, ele acredita que a pesquisa, a reflexão e o aprendizado são essenciais tanto para o desenvolvimento pessoal quanto profissional.

Segundo o gestor, é necessário ter ciência de que novos temas são acrescentados ao nosso contexto profissional com certa frequência. “Ainda que nem tudo possua aplicabilidade integral em Itaipu, é importante termos conhecimento para melhorar a qualidade de nossas entregas, aprimorar a forma como se dão nossas interações, sobretudo com parceiros externos em minha área de atuação. Essa é uma das razões que me motivou a estudar os relacionamentos interorganizacionais e as cooperações.”

Pessoalmente, considera a pesquisa como uma de suas “válvulas de escape”, um dos meios que encontra para se manter ativo. “Acredito que o ensino, a pesquisa e o compartilhamento de conhecimentos representam pilares para a emancipação. São meios de melhorar de vida”, analisa.

Alguns dos resumos das pesquisas feitas por Mussi

- Gestão de contratos

Discute-se conjuntamente as características dos contratos e as características dos gestores, de forma a tornar a gestão dos contratos mais eficiente na Itaipu.

- Utilização de indicadores qualitativos de sustentabilidade

Proposta de utilização de indicadores de sustentabilidade qualitativos a partir do engajamento da população e do contato com a sociedade beneficiada pelas ações de Itapu.

- Avaliação de serviços ecossistêmicos que impactam na operação da usina

Mensuração econômica dos serviços de regulação da erosão de solo e de provisão de água para Itaipu, como apoio à decisão de investimentos ambientais.

- Impacto da localização geográfica na vida útil do reservatório

Mensuração econômica dos benefícios financeiros e operacionais a partir da instalação da usina de Porto Primavera a montante de Itaipu.

- Análise da cooperação de índios/pescadores/catadores de materiais recicláveis e estudantes para preservar o reservatório de Itaipu

Discute-se como a população afetada pelos programas socioambientais de Itaipu tomam suas decisões de cooperar (ou não cooperar) para preservar o reservatório da usina.

- Análise das parcerias na área ambiental

Estudo de fatores facilitadores e dificultadores das parcerias no escopo da gestão ambiental de Itaipu.