A experiência da prefeitura de Passo Fundo em informação educativa foi um dos temas das palestras do segundo dia da V Conferência Latino-Americana de Software Livre (Latinoware), que prossegue até este sábado no Parque Tecnológico Itaipu, em Foz do Iguaçu Latinoware.

Marinez Silveris, educadora em Passo Fundo (RS)

Naquela cidade gaúcha, a prefeitura, em parceria com o programa Proinfo do Ministério da Educação, informatizou todas as escolas da rede pública municipal e capacitou professores para trabalhar com software livre.

Com os computadores adquiridos, faltava definir como eles seriam usados. “Não adianta ter um monte de máquinas só para bonito”, disse a educadora Marinez Silveris. Foi feito um convênio com a Universidade de Passo Fundo (UPF), que projetou um sistema operacional baseado em software livre, o Keliks.

“É ótimo estarmos próximos dos desenvolvedores do software”, afirmou Marinez, sinalizando uma das vantagens do software livre. “Qualquer adaptação que precisávamos fazer, os estudantes da UPF nos ajudavam.”

Os professores da rede municipal foram, então, capacitados para usar a informática na educação dos alunos. Os educadores treinaram o uso de programas comparando os do Windows com outros de software livre; fizeram um material didático que orienta o uso da informática na escola; criaram um blog para debater as ações em cada escola, entre outras ações.

As mudanças no ensino público de Passo Fundo, segundo Marinez, foram substanciais. Para ela, a informática, quando bem usada, é uma ferramenta que auxilia a educação.

A Latinoware é uma iniciativa da Itaipu Binacional em conjunto com Fundação PTI, Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e Serviço Nacional de Processamento de Dados (Serpro).