Com mais trabalhos inscritos, maior número de eventos programados e a expectativa de quebra de recorde de visitação em relação aos anos anteriores, o 3º Congresso da Academia Trinacional de Ciências (C3N) foi aberto na manhã desta quarta-feira, no auditório do antigo cinema, no Centro de Treinamento. Cerca de 700 pessoas – entre professores e estudantes do primeiro, segundo e terceiro graus – assistiram à abertura do encontro.

Participaram da solenidade representantes de diversas instituições de ensino superior. De Itaipu, o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, o diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, e o diretor-superintendente da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Juan Carlos Sotuyo.

 Até sexta-feira, dia 10, o congresso vai integrar a comunidade acadêmica da região trinacional e estimular o compartilhamento do conhecimento entre as diferentes áreas da ciência.

Nelton Friedrich, diretor de Coordenação da Itaipu

A quantidade de adolescentes na abertura do C3N chamou a atenção. “Eles começam a participar da vida acadêmica cada vez mais cedo”, explicou Paulo Wu Feng Chung, da FPTI. Nelton Friedrich aproveitou a presença dos jovens para alertar sobre a necessidade de construir um futuro sustentável. “A construção de uma ciência sustentável significa também a libertação de um modelo ultrapassado e a celebração da vida”, ressaltou.

Amparados em números, os organizadores confirmam o sucesso do encontro. Em 2006, a primeira edição apresentou três eventos paralelos, teve 430 inscritos e mil visitantes. A segunda, em 2007, teve seis eventos, 750 inscritos, 1.500 visitantes e 130 trabalhos acadêmicos apresentados. Entre cursos, palestras, tutoriais, debates, simpósios, semanas acadêmicas e mostra de protótipos a edição deste ano terá nada menos que 30 atividades.

Juan Carlos Sotuyo, diretor-superintendente da         Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI)

Serão apresentados 340 trabalhos. A expectativa é que pelo menos 2 mil pessoas visitem o C3N. “Isso demonstra a seriedade e consistência do congresso, cada vez mais respeitado”, disse a professora Huei Diana Lee, que preside o C3N.

Segundo Juan Carlos Sotuyo, os números demonstram o amadurecimento do evento que, segundo ele, “veio para ficar.” “A terceira edição deste congresso representa a consolidação de um processo de integração de três países também no âmbito acadêmico”, destacou.

Para Jorge Samek, o C3N é mais um exemplo da tríplice fronteira para o mundo. “Mostramos para o planeta que três países fronteiriços, com suas múltiplas e diferentes etnias, podem conviver harmoniosamente. Realizamos coisas impensáveis em outras regiões”, disse o DGB.

Samek também lembrou de outro modelo regional “tipo exportação”: a construção da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em 2009.