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Faleceu na manhã desta terça-feira (2), em Assunção, o primeiro diretor-geral paraguaio de Itaipu Binacional, o engenheiro Enzo Debernardi.
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À frente de Itaipu entre 1974 a 1989, Debernardi dirigiu a usina nos momentos mais críticos do empreendimento: a construção da barragem, a instalação das primeiras 15 unidades geradoras e o início da produção de energia.
Debernardi foi também um dos negociadores paraguaios na formulação do Tratado de Itaipu, instrumento que possibilitou o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná. |
Debernardi deixou a direção de Itaipu para se tornar ministro da Fazenda do governo Andrés Rodríguez. Atualmente, estava afastado da vida pública.
Em 1996, lançou a obra “Apuntes para La Historia Politica de Itaipu” (Editorial Gráfica Continua), o mais completo registro histórico sobre o projeto binacional de Itaipu.
No livro, Debernardi afirma que a construção de Itaipu foi um verdadeiro milagre, sem o qual o destino do Paraguai teria sido muito diferente.
A obra relata a história da hidrelétrica com ênfase nas tratativas diplomáticas que tornaram possível o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná e colocaram fim a um contencioso em torno da demarcação da fronteira de Brasil e Paraguai.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, manifestou seu pesar pela morte de Debernardi. Para Samek, o Paraguai perde um dos homens mais relevantes de sua história contemporânea.
“Podemos dizer que nenhum paraguaio viveu e se dedicou tão intensamente a Itaipu quanto Enzo Debernardi. Sua presença foi determinante para o sucesso deste empreendimento que é orgulho dos paraguaios e mudou para sempre o destino do seu povo. Conosco, permanecem suas memórias, eternizadas naquela que considero a obra literária mais completa e definitiva sobre Itaipu”, afirmou Samek.