O diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Enio Verri, visitou as instalações do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), na manhã desta sexta-feira (31), incluindo o novo setor de oncologia. O espaço faz parte das reformas e expansões previstas no Plano Diretor de Obras do HMCC, que conta com um investimento total de aproximadamente R$ 48 milhões da Itaipu. O Centro de Oncologia deve começar a atender os pacientes ainda no primeiro semestre; em seguida, começarão as obras da Clínica Oncológica.

 

O encontro integra uma série de visitas do novo diretor às fundações instituídas pela Itaipu. No HMCC, Enio e assessores conheceram o complexo hospitalar e, depois, acompanharam a apresentação do diretor-superintendente da Fundação de Saúde Itaiguapy, Fernando Cossa.

 

A comitiva passou também pela UTI Neonatal, que completará 27 anos em abril, e conheceu as novas incubadoras, adquiridas pela Itaipu. Mais modernas, elas são um equipamento híbrido podendo se transformar em berço quando aberto. A incubadora traz informações como peso, nível de oxigênio, temperatura do ar e do bebê, umidade do ar, entre outros dados, sem que seja necessário o uso de outros equipamentos de medição.

 

O diretor também conheceu a UTI Geral do hospital e, depois, foi ao bloco de internação para pacientes da oncologia. Além disso, foi apresentado o novo Bunker, que abriga o acelerador linear, responsável por realizar o tratamento de radioterapia em pacientes com câncer.

 

 

Já na sala do superintendente do HMCC, o diretor geral-brasileiro pôde conhecer dados e números da instituição e as referências para o Sistema Único de Saúde (SUS), como a oncologia, cardiologia, gestação de alto risco, neonatologia e UTI Pediátrica.

 

A instituição – que conta com 206 leitos – está atualmente com 112% de ocupação hospitalar, especialmente pelo enfrentamento da epidemia da dengue. “Nosso maior desafio é administrar essa sazonalidade. Insumos e mão de obra são as maiores dificuldades, neste momento”, disse Fernando Cossa. O diretor da Itaipu contribuiu: “Foz tem poucos leitos para atender uma população tão flutuante, sem falar dos turistas que também precisam da nossa saúde”.

 

Outro assunto tratado foi o Centro de Medicina Tropical (CMT), um local especializado em pesquisas de doenças como a dengue, zika vírus e chikungunya, inaugurado em 2017 e que, desde abril de 2020, está habilitado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) para analisar os exames RT-PCR para covid-19. 

 

Hoje, o CMT trabalha também com o teste de Painel Viral, que detecta três vírus: influenza A e B (principais causadores da gripe), Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Sars-CoV-2 (responsável pela covid-19); e pode ainda se tornar um centro de referência para diagnóstico de alimentos e de sanidade animal, que são pilares para a economia rural, oferecendo exames de biologia molecular, microbiológicos e físico-químicos de alta qualidade. 

 

Ao apresentar o Grupo de Trabalho Itaipu Saúde, e entender sobre a integração das ações realizadas nos três países, e sobre a contribuição das boas práticas da saúde na região da Tríplice Fronteira, o DGB disse que “esta deve ser nossa prioridade no momento, porque com a situação epidêmica que nossa cidade está vivendo e o reflexo direto nos hospitais, precisam contar com um olhar diferenciado da Itaipu”.

 

O diretor superintendente do HMCC agradeceu a visita. “Foi uma apresentação muito breve, mas conseguimos mostrar as principais estruturas e números de nossa instituição. Estamos à disposição para contribuir, com o hospital, sendo um importante instrumento de promoção da saúde para Foz e região”, pontuou.