O município de Marechal Cândido Rondon sedia, na quinta e sexta-feiras (dias 5 e 6), o evento Vida Orgânica 2008, que tem a proposta de difundir os conceitos da agroecologia e incorporá-los aos processos produtivos e alimentares da população. A idéia é fortalecer o movimento regional em prol de uma vida sustentável e de qualidade. A abertura oficial será às 9h30 desta quinta-feira, no Centro de Eventos do município. 

   
Organizado pela Itaipu Binacional, o congresso conta com diversos parceiros: Ministério do Desenvolvimento Agrário, Emater, Iapar, Instituto Maytenus, AMOP, CAPA, Conselho dos Municípios Lindeiros, UTFPR, Unioeste, Sustentec e Dellabore. 

Segundo João José Passini, integrante da comissão organizadora, o congresso faz parte das estratégias do projeto regional de agricultura orgânica da Bacia do Paraná III. A idéia, conforme Passini, é criar “uma rede de assessores técnicos, de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, ações de apoio, capacitação e organização dos agricultores, além do suporte oferecido à comercialização, agrotransformação dos produtos e marketing”.

O Vida Orgânica 2008 contará com vários eventos paralelos, entre eles o seminário “Os Venenos em Nossos Pratos”, que pretende divulgar experiências e ampliar os conhecimentos técnicos para uma agricultura sustentável, além de discutir políticas públicas sobre esse tema. Serão promovidas ainda a II Feira de Sementes Crioulas e a XI Feira de Produtos Orgânicos, oferecendo ao público opções de consumo de alimentos saudáveis.

Ainda na quinta-feira, às 19 horas, o médico Ricardo Távora, especialista em alimentação saudável, fará uma palestra aberta ao público em geral, para apresentar novos conceitos e opções de alimentos que não usam agrotóxicos nem são embasados na transgenia.

“A conferência deverá ser um dos grandes destaques do congresso, porque esclarecerá as dúvidas da população comum e não apenas de técnicos e especialistas ligados ao assunto”, disse João José Passini.

O médico deverá esclarecer o público sobre produtos adequados para o consumo no dia-a-dia, que garantam qualidade de vida e alimentação saudável.  “É interessante que a população saiba o que está comprando ou consumindo. É preciso saber se esse ou aquele produto leva agrotóxico, se é transgênico e que mal esse produto pode ou não gerar”, disse Passini.