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As experiências de mais de 30 anos de operação da Itaipu Binacional na área de hidroeletricidade, as novas técnicas desenvolvidas no campo das energias renováveis e os trabalhos de responsabilidade socioambiental da empresa serão repassadas para governos, organismos internacionais e humanitários. A promessa foi feita pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, em discurso na solenidade de encerramento do Fórum Global de Energias Renováveis, no final da manhã desta quarta-feira.

Segundo Samek, a idéia é compartilhar o conhecimento técnico acumulado pela usina, afim de  estimular o processo de auto-sustentabilidade de países em desenvolvimento no setor energético através da produção de energia com responsabilidade ambiental, econômica e social. “O conhecimento não deve ficar guardado a sete chaves. Por isso, a Itaipu colocará à disposição da humanidade as experiências obtidas principalmente no campo da produção de energia e na preservação do meio ambiente”, disse Samek ao final do evento, que reuniu representantes de mais de 50 países em Foz do Iguaçu.

Jorge Samek propôs ainda estabelecer parcerias permanentes com governos e organismos internacionais, com o intuito de prolongar os debates sobre as energias renováveis e democratizar as tecnologias desenvolvidas atualmente pelo Brasil. “Devemos manter o processo contínuo de discussão sobre o tema para compartilharmos experiências e estabelecermos parcerias para a produção da energia com responsabilidade socioambiental”, frisou.

Apoio político

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Onudi), o africano Kandeh Yumkella, que participou da mesa oficial de encerramento do fórum, agradeceu ao governo brasileiro pela vontade política de compartilhar o conhecimento com o resto do mundo, em especial os países africanos em fase de desenvolvimento. “Este é o momento de trabalharmos juntos na área tecnológica e de políticas sustentáveis em todo o planeta”, disse.

Para ampliar o processo de integração, o diretor da Onudi acredita que os governos e a iniciativa privada devam oferecer incentivos e condições para o desenvolvimento tecnológico de produção de fontes alternativas. “O Brasil e a Itapu Binacional, na figura do nosso amigo Samek (Jorge), estão cumprindo esse papel ao incentivarem políticas públicas e disseminar experiências na área das energias renováveis. A partir deste fórum, é preciso manter o espírito de colaboração aceso ao criarmos uma rede de conhecimento global”, destacou. 

Mudança comportamental

O diretor técnico da Eletrobrás, Ubirajara Meira, alertou o público sobre o problema das mudanças climáticas e do aquecimento global causados pela emissão de CO2 na atmosfera e a necessidade da mudança comportamental das políticas públicas das nações na produção de energia. “Precisamos agir com responsabilidade para obtermos o regresso desse quadro, e provocarmos mudanças profundas na raiz estrutural das economias”, disse.

Meia apontou como saída para a redução dos poluentes emitidos na atmosfera o desenvolvimento de programas de fontes renováveis de energia e a aplicação de mecanismos limpos de produção de eletricidade. “O Brasil encontra-se na vanguarda da tecnologia e deve internacionalizar o conhecimento. Devemos pensar na produção com responsabilidade, mas também em criar oportunidades de emprego e renda, e alternativas comerciais aos países que optarem por esses mecanismos”, ressaltou.

Fotos

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[2] Kandeh Yumkella,  Ubirajara Meira e  Jorge Samek	[3] Diretor-geral de  Itaipu, Jorge Samek	[4] Público acompanha  o encerramento do  Fórum	[5] Diretor técnico da  Eletrobrás, Ubirajara  Meira
[6] Diretor-geral da  Onudi, Kandeh  Yumkella	[7] Diretor técnico da  Eletrobrás, Ubirajara  Meira